Juizado de Goiânia faz campanha de conscientização para pais que queiram entregar filhos para adoção

Programa permite aos pais a entrega dos menores ao Poder Judiciário em total sigilo e sem qualquer julgamento

Samuel Leão Samuel Leão -
Juizado da Infância e Juventude de Goiânia. (Foto: Rota Jurídica)

O Juizado da Infância e Juventude da comarca de Goiânia irá realizar, entre os dias 22 e 27 de maio, a Semana da Adoção na capital.

Dentre as propostas, a principal é a divulgação do Programa Entrega Legal, que permite aos pais a entrega de filhos ao Poder Judiciário em total sigilo e sem qualquer julgamento, de modo que estes possa ser disponibilizados para a adoção.

Um dos motivos é a baixa adesão ao projeto, que registrou apenas cinco casos de entrega em Goiânia em 2023. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostraram que entre 2020 e maio de 2022 foram registradas apenas 2.734 entregas em todo o Brasil.

A programação prevê a distribuição de materiais explicativos e orientações sobre o Entrega Legal em pontos estratégicos e de muita movimentação na cidade. Na segunda-feira (22) ocorrerá no Terminal Padre Pelágio, na rodoviária e no aeroporto.

Na terça-feira (23) serão repetidos os locais, com a inclusão do Cais Bairro Goiá. Já na quarta-feira (24), continuam as atividades na rodoviária e no aeroporto, com adesão da juíza Maria Socorro Afonso, titular do juizado, ministrando uma palestra na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Aparecida de Goiânia.

Na quinta-feira (25), haverá a preparação psicossocial e jurídica dos pretendentes à adoção, além da entrega de materiais nos pontos vigentes da campanha, além da adesão de um centro comercial. Na sexta-feira (26) continuam as entregas de materiais habitualmente.

Por fim, o encerramento será realizado no sábado (26), com a participação da equipe técnica e da Divisão de Agentes de Proteção, às 9h no Parque Flamboyant.

A magistrada Maria Socorro reforçou a importância do programa para evitar casos de abandono e violência, além de coibir a chamada “adoção à brasileira”, uma prática ilegal que ainda perdura no país.

 

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