Santa Casa de Anápolis reabre as portas após acordo entre FASA e Prefeitura

Hospital filantrópico chegou a parar quase 100% da capacidade de atendimento devido acúmulo de dívidas causadas pelo subfinanciamento do município

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Santa Casa de Anápolis. (Foto: Divulgação)

A Fundação de Assistência Social de Anápolis (FASA), mantenedora da Santa Casa, determinou, no início da noite deste sábado (27), o retorno imediato de serviços que estavam suspensos.

O Portal 6 apurou que a decisão foi tomada após a instituição ter sido procurada pela Prefeitura de Anápolis e recebido a garantia que o hospital receberá, anualmente, entre R$ 8 e R$ 10 milhões do Tesouro Municipal.

Com o início dessa negociação, a expectativa é que o repasse total para a unidade alcance até R$ 800 mil ao mês.

Antes, a quantia proposta era de cerca de R$ 250 mil – o que seria suficiente para manter apenas uma das quatro UTI’s (Neonatal, Pediatrica, Oncológica e Adulto).

Agora, devido ao acúmulo de dívidas causadas pelo subfinanciamento do município, o objetivo da Santa Casa seria de equilibrar o déficit mensal com os serviços já prestados e que não estavam mais sendo disponibilizados à população desde às 00h de sexta-feira (26).

Em nota à imprensa, o hospital confirmou a retomada dos atendimentos e detalhou que os serviços restabelecidos são:

– Admissões via complexo regulador municipal;
– Serviço ambulatorial de coleta de exames laboratoriais;
– Atendimentos obstétricos em alto risco no Pronto Socorro;
– Serviços de UTI (Neonatal, Pediatrica e Adulto).

Em tempo

Em uma medida emergencial, a Santa Casa suspendeu os serviços no Pronto Atendimento Obstétrico por falta de recursos.

Por meio de nota emitida na noite de quinta-feira (25), o hospital informou que a decisão seria por tempo indeterminado e abrangia todos os procedimentos não emergenciais.

A unidade passa por uma grave crise financeira, acumulando uma dívida de R$ 1,5 milhão.

Vale ainda ressaltar que na noite da quinta-feira (25), o Portal 6 divulgou um vídeo em que mostra a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 2 do hospital completamente vazia, sem qualquer paciente.

Por outro lado, na terça-feira (23), foi denunciado que a UTI neonatal se encontrava superlotada, sem condições de receber novos pacientes. Diante do cenário, um bebê recém-nascido perdeu a vida.

Ainda nesta semana, o Ministério Público de Goiás (MPGO) chegou inclusive a entrar com uma ação na Justiça para que o estado e o município custeassem parte das despesas da unidade. Porém, o pedido foi negado.

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