Falso pai de santo que vendia promessa de cura milagrosa é preso, em Goianésia

Falsário chegou a extorquir mais de R$ 20 mil de uma das vítimas que eram compostas, sobretudo, por idosos

Samuel Leão Samuel Leão -
Fórum de Goianésia. (Foto: Divulgação/TJ-GO)

Em um caso atípico, registrado na 2ª Vara de Goianésia, um homem que se passava por “pai de santo” e vendia curas milagrosas foi condenado por estelionato. Ele deverá cumprir oito anos e cinco meses de reclusão.

A troca de trabalhos espirituais por dinheiro era feita principalmente com idosos. Em um dos casos mais notórios, ele afirmou que tiraria um espírito obsessor de um jovem alcoólatra e curaria a dependência através da intervenção do “Pai Zé”, entidade pela qual se passava.

Foram cobrados R$ 600 pelo serviço em um primeiro momento, mas depois o estelionatário ligou para a vítima e cobrou mais R$ 917 pela manutenção do trabalho. Ao receber a negativa da cliente, ele a ameaçou e acabou obrigando o pagamento de mais de R$ 20 mil.

Segundo o juiz responsável, Rafael Machado, a materialidade dos fatos foi comprovada através dos comprovantes dos saques realizados, do termo de reconhecimento, dos dados cadastrais vinculados ao número do réu e também pela prova oral, produzida durante as etapas do contraditório e da ampla defesa.

“Diante dos elementos probatórios colhidos, vislumbro a presença do conjunto de provas suficientes para a condenação do acusado pelo crime de extorsão, especialmente porque, nos crimes patrimoniais, a palavra da vítima assume especial relevância, notadamente quanto corroborada por outros elementos de prova”, concluiu o magistrado.

 

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