População goiana deve se manter em alerta durante período de estiagem, aponta especialista

Rio Meia Ponte, que abastece cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo, já registra vazão abaixo do normal

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Rio Meia Ponte abastece cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo(Foto: Divulgação/ Saneago)

Especialistas monitoram atentamente a situação do rio Meia Ponte durante o período de estiagem em Goiás, visto que o nível da água está abaixo do normal. No entanto, o cenário ainda não é passível de alarde, mas sim, atenção. Isso em caso de boas chuvas no estado durante este ano.

Na última leitura da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), do dia 02 de julho, o rio teve vazão de 8,5 mil litros por segundo, abaixo do considerado normal, de 12 mil.

De acordo com o gerente do Centro de Informações Meteorológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, trata-se de uma situação que merece monitoramento e seguimento dos cuidados necessários.

Um dos principais fatores que contribuem para um cenário menos preocupante que anos anteriores, como foi o caso de 2019, é a quantidade de chuva que o estado recebeu neste ano.

O período de estiagem já se iniciou, em maio, e se estende até outubro. Portanto, é esperado que o rio apresente níveis mais baixos, uma tendência observada já há uma década.

Além disso, com a ação do El Niño, fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, responsável por diminuir as chuvas na região Central do país, Goiás ainda poderá ter um período de estiagem mais longo.

A expectativa do Cimehgo é de precipitação a partir de outubro, sendo que é possível que o estado ainda tenha sinais de seca, a depender do El Niño. No cenário ideal, o final do ano seria marcado por “chuvas mansas”.

No entanto, considerando que já houve anos em que Goiás passou por quase 180 dias sem precipitações, 2023 vem mostrando uma realidade um pouco melhor, com chuvas intermitentes, como ocorreu há 19 dias, apontou o gerente.

“Isso alivia um pouco, mas não resolve. Estamos no primeiro nível de criticidade, então precisamos continuar dando foco para a sensibilização para o uso racional de água”, explicou ao Portal 6.

André ressaltou também que chuvas irregulares, embora pareçam ser positivas, não têm esse impacto sobre o rio, visto que desestimulam o consumo consciente

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