Terminal da Ferrovia Norte-Sul em Porto Seco de Anápolis finalmente ganha previsão para começar a operar

Trem que utilizar a ferrovia poderá carregar até 160 contêineres de carga; caminhões nas rodovias conseguem transportar apenas um

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Previsão é de início de operações ainda em agosto (Foto: Divulgação/Wesley Daniel/Porto Seco Centro-Oeste)

Testes internos realizados pelo Porto Seco Centro-Oeste (PSCO), em Anápolis, nesta terça-feira (04), apontam para a possibilidade do tão aguardado funcionamento da Ferrovia Norte-Sul no local. A ativação do terminal especializado permitirá a circulação entre o município goiano e Cubatão (SP), além do armazenamento de milhares de contêineres.

De acordo com o diretor de operações do PSCO, Everaldo Fiatkoski Júnior, os testes internos servem para analisar a infraestrutura projetada para o recebimento e composição ferroviária, assim como a capacidade de armazenagem.

“Temos a necessidade de criar processos que permitam a recepção segura de centenas, milhares de contêineres por mês”, disse ao Portal 6.

A capacidade do terminal é de 2.780 contêineres de seis metros de comprimento, com acesso a 120 tomadas para unidades refrigeradas e preparação para mais 80.

Embora a previsão aponte que o terminal estará em funcionamento já no mês de agosto, Everaldo ressaltou que o início das operações ainda aguarda a liberação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que já recebeu os devidos relatórios da administradora da via em solo goiano, a Rumo Logística.

Questionada pela reportagem, a agência afirmou que não há cronograma estabelecido para a realização dos testes. Ainda assim, a movimentação sugere que o terminal entre em atividade em breve.

Na prática

Um trem que opera na Norte-Sul poderá carregar até 160 contêineres, enquanto, na rodovia, cada caminhão transporta somente um. Neste cenário, o diretor de operações do Porto Seco afirma que as rodovias transportarão mercadorias distintas daquelas com perfil para o modal ferroviário – desafogando as vias.

As cargas que podem se beneficiar mais com a novidade são aquelas de grande volume, constantes e pesadas. Em Goiás, as indústrias com perfil para o modal ferroviário que se destacam são de atomatados, açúcar, produtos de limpeza e bebidas, de acordo com Everaldo.

O diretor de operações ainda aponta que o agronegócio deve ser alavancado, visto que “cargas refrigeradas e proteínas animais têm grande atratividade, principalmente para exportação”.

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