Garis de Anápolis confirmam greve: “voltaremos assim que pagarem o que nos deve”

Dentre os pedidos estão a volta das gratificações e adaptação do salário; empresa define paralisação como ilegal e sustenta estar operando dentro das atribuições legais

Samuel Leão Samuel Leão -
Garis em greve no pátio da Quebec Ambiental. (Foto: Divulgação)

Está em vigor a greve dos coletores de lixo de Anápolis, que atuam pela empresa terceirizada Quebec Ambiental. A informação foi confirmada pelo Portal 6 nesta sexta-feira (07).

Os trabalhadores pedem, entre outras coisas, o pagamento das horas extras semestrais que lhes são devidas, em atraso desde quinta-feira (06).

À reportagem, Daniel Lima, de 23 anos, detalhou as motivações que levaram os mais de 40 funcionários a se mobilizarem e exigirem as alterações. Ele atuou como intermediador da categoria, durante uma reunião com a administração da empresa.

“Tá faltando coletor, estamos com rotas atrasadas e ficamos sobrecarregados. Atualmente temos rotas de 70, 100 e até 120km por dias, às vezes até maiores. Isso tudo recebendo um salário abaixo da média nacional”, desabafou.

Dentre os pedidos estão a volta das gratificações, que foram interrompidas, e o pagamento das horas extras todos os meses, as quais atualmente ocorrem semestralmente. Além disso, há também o pedido da adaptação do salário.

“Queremos o aumento do salário compatível com a média nacional, ganhamos R$ 1.498, sendo que o valor no país costuma ser R$ 1.700”, relatou.

Apesar das demandas, Daniel explicou que a greve será interrompida imediatamente, assim que ocorrer o pagamento das horas extras, que em alguns casos chegam ao valor de R$ 1 mil. Segundo ele, as outras demandas podem ser resolvidas à longo prazo.

“A Quebec falou que vai pagar na segunda-feira (10) somente as horas, não vão adaptar os salários e nem dar as gratificações. Não vai sair nenhum caminhão até que tenhamos recebido o pagamento, a coleta parou”, finalizou.

Outro lado

Em nota ao Portal 6, a empresa afirmou não ter sido comunicada dos atos com a devida antecedência. Sustentou também que opera de acordo com as atribuições legais estabelecidas pela categoria e em acordo com os funcionários, além de contar com um efetivo superior ao estipulado em contrato.

Quanto às horas extras, a Quebec se defendeu dizendo que os períodos não compensados são devidamente quitados no contracheque de cada colaborador e que, no último dia 30, ocorreu o fechamento do banco de horas, sendo para o próximo dia 10 o agendamento do pagamento.

Por fim, a gestora se colocou à disposição para ouvir os colaboradores e negociar eventuais demandas que possam ser solicitadas.

 

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