Piloto diz que não sabia que apostador seria assassinado em Anápolis: “era só um susto”

Jovem, de 19 anos, afirma que foi chamado para ajudar por ser um motociclista talentoso

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Crime ocorreu no Bairro da Lapa. (Foto: Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco)

O caso do homem assassinado por cobrar uma dívida de sinuca, na última quarta-feira (05), ganhou novos contornos, após o piloto da motocicleta afirmar que “era para ser só um susto”.

Em entrevista à Rádio São Francisco, que foi ao ar nesta segunda-feira (10), João Victor Rodrigues de Godoi, de 19 anos, afirmou que foi chamado para ajudar pois seria um motociclista talentoso e conhecido pelo autor dos disparos – um menor de idade não identificado.

O adolescente teria abordado o piloto pedindo um favor, afirmando que apenas “daria um susto” em Marciel, para que ele parasse de cobrar o mandante confesso do crime – Romário Pires da Silva, de 20 anos.

Assim, João Victor afirma ter sido surpreendido pelo garoto, quando ele começou a disparar contra a vítima, ainda com a moto em movimento, na GO-330, próximo ao Bairro da Lapa.

Depois do crime, o motociclista afirma ter voltado ao local onde trabalha, em Campo Limpo de Goiás. No entanto, ao saber que a polícia estava atrás dele, o jovem tentou se esconder na casa de parentes.

“Eu nunca tinha participado de nada sobre crime, esses trem. Eu fiquei muito nervoso, aí corri, me escondi, fiquei com medo deles [policiais] me machucarem, fazer alguma coisa comigo”, afirmou à rádio.

Dessa forma, na última sexta-feira (07), o rapaz foi à delegacia para prestar depoimento e contar a versão dos fatos sob a visão dele.

Ao repórter Jonathan Cavalcante, ele afirmou estar tranquilo e à disposição para colaborar, argumentando que “jamais iria aceitar uma coisa para tirar a vida de uma pessoa”.

Relembre

Marciel Pires da Silva, de 39 anos, era apostador de sinuca e foi assassinado porque estava cobrando uma dívida de R$ 9 mil de Romário Pires da Silva.

O jovem confessou o crime após ser capturado pela Companhia de Policiamento Especializado (CPE), e disse que encomendou a morte porque não tinha dinheiro para pagar a dívida e estava sendo ameaçado.

Assim, ele ofereceu R$ 1 mil a João Victor e o adolescente para dar fim à vida do adversário.

Romário também admitiu que o apostador de sinuca imaginava que encontraria com ele para receber a quantia. Entretanto, acabou alvejado pela dupla antes de chegar no local combinado.

Câmeras de segurança da região auxiliaram os militares nas buscas. As prisões foram efetuadas em Campo Limpo, para onde eles fugiram.

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