Os absurdos números do abandono e descaso da saúde em Anápolis

"Os mais apaixonados por esse governo continuarão cegos e não enxergarão o caos instalado. Mas a população deve ter ciência do que muitos enfrentam diariamente"

José Fernandes José Fernandes -
Médicos em operação. (Foto: Arquivo pessoal/José Fernandes)

A saúde pública é um pilar fundamental de uma sociedade que zela pelo bem-estar de todos os seus cidadãos. Nesse texto, cito números alarmantes sobre a realidade preocupante que atinge nossa querida cidade de Anápolis.

Os mais apaixonados por esse governo continuarão cegos e não enxergarão o caos instalado. Mas a população deve ter ciência do que muitos enfrentam diariamente.

Cardiologia, o desamparo é evidente. O cateterismo aguardado por 114 pacientes é mais do que uma estatística fria; são vidas que esperam por um diagnóstico e tratamento.

Enquanto isso, 719 consultas cardiológicas pendentes se tornam uma pilha de ansiedade para quem busca respostas. Não podemos ignorar as 375 pessoas que enfrentam incertezas no risco cirúrgico cardíaco.

Mas o sofrimento não para por aí. A oftalmologia revela um cenário desolador com 2.063 pacientes esperando por cuidados. Entre eles, 1.070 aguardam por tratamento da catarata.

A falta de acesso à ultrassonografia é um eco de negligência, com mais de DEZENOVE MIL pacientes na fila da espera.

A neurologia, tão vital para a saúde mental e neurológica, não escapa da crise. São 1.821 pacientes aguardando por atenção e cuidado, sendo 823 deles só para neurocirurgia.

Não pensem que isso só envolve adultos. 739 crianças sonham com um atendimento de neuropediatria.

Pneumologia com 902 pacientes à espera de consulta. Reumatologia, 405. Urologia, com indicação de cirurgia, são 341 aguardando.

Só de ressonância magnética, são 1.663 pessoas em busca do diagnóstico preciso.

Não podemos mais aceitar uma realidade onde números assustadores são apenas estatísticas. Precisamos de ações concretas, investimentos eficazes e uma abordagem comprometida, para resgatar a saúde pública de Anápolis do abismo em que se encontra.

Construir paredes e não ter resolutividade servirá só para maquiar a realidade. Chegou a hora de romper com a inércia, de exigir responsabilidade e lutar pelo direito básico de cada cidadão a uma saúde digna. A hora é agora, e o chamado é urgente.

Anápolis precisa dos anapolinos.

É isso.

José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo MDB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.

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