Cantora gospel presa em Goiânia divide cela com gestante, idosa e família teme depressão

Artista ficou conhecida por cantar em acampamentos bolsonaristas em Brasília e Goiânia e criar hino das manifestações

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Cantora gospel bolsonarista Fernanda Ôliver.
Cantora gospel bolsonarista Fernanda Ôliver. (Foto: Reprodução)

Presa há quatro dias na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, suspeita de incentivar e participar dos atos golpistas praticados em 8 de janeiro na sede dos Três Poderes, em Brasília, a cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira está dividindo cela com uma idosa e uma gestante. A informação foi revelada pela defesa da artista.

De acordo com o advogado da religiosa, Clebson Vieira Neres, a mulher foi colocada em um ambiente separado por não possuir antecedentes criminais e ser considerada uma pessoa ‘idônea’. No local, segundo o profissional, existem apenas outras quatro celas e um total de seis pessoas reclusas.

“A primeira coisa que a gente fez foi cuidar da integridade da Fernanda, garantir a ela um lugar seguro. Levamos mantimentos, roupas e o kit higiene preparado pela família”, disse ele ao G1.

Por ser um processo que corre sob sigilo de justiça, Clebson afirma que, até o momento, não conseguiu ter acesso aos autos do inquérito e que aguarda uma resposta da Procuradoria Geral para saber sobre o que Fernanda está sendo investigada e quais crimes estão sendo tipificados.

Segundo um pastor e amigo da investigada, Luiz Carlos Silva, a família da cantora está desesperada pela prisão e teme até mesmo o desenvolvimento de uma depressão.

“O ambiente é muito pesado. Não é feito para uma garota como ela, que não tem experiência de vida e não deve nada. A família está desesperada, ninguém consegue trabalhar com medo do que pode acontecer”, afirmou.

Fernanda Oliver ficou conhecida nas redes sociais por aparecer em vídeos participando e cantando juntamente com alguns manifestantes em acampamentos bolsonaristas em Goiânia e Brasília.

Em uma das vezes, a jovem chegou a gravar uma versão em português da música Stand Up, que se tornou uma espécie de hino dos ataques.

“[…] Por Deus, pela pátria, família eu vou lutar. Então eu me levanto, levo meu povo comigo, juntos estamos indo pra um lugar melhor”, dizia um trecho.

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