Agosto Dourado: entenda a importância e os benefícios do aleitamento materno

Imunidade da criança é desenvolvida e potencializada em contato com o leite, que também pode ser doado para bancos especiais

Samuel Leão Samuel Leão -
Agosto dourado marca campanha pela importância do aleitamento materno. (Foto: EBC/ Agência Brasil)

O mês de agosto é marcado por uma campanha de conscientização muito especial, que pode transformar a vida de pais e bebês, através da compreensão da importância do aleitamento materno.

O principal objetivo da mobilização, intitulada “Agosto Dourado”, é demonstrar os benefícios, tanto físicos quanto psicológicos – e até mesmo ambientais – da prática.

Ao Portal 6, a psicóloga Muriel Romeiro, que atua no banco de leite municipal de Anápolis, revelou mais detalhes sobre o surgimento da campanha e também acerca das potencialidades do leite.

“O Agosto Dourado ainda é uma particularidade do Brasil, e não trata apenas da amamentação, pois nem sempre o leite vem pelo peito, mas ainda assim tem os nutrientes e efeitos positivos”, revelou.

Ele destacou ainda que toda a imunidade da criança é desenvolvida e potencializada em contato com o leite materno. Contribui-se para a redução de diarreias, a proteção contra doenças alérgicas e vários outros.

O leite é um alimento completo para os bebês, de modo que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação pode ser o único alimento até os seis meses de idade.

“É um ato ecológico também. Não há produção de lixo, não há exploração animal, é um alimento pronto, renovável, gratuito e inclusivo, por superar questões sociais”, apontou.

Ela reforçou também a importância dos bancos de leite materno, que dependem de doações para permitir que cada vez mais bebês tenham acesso à esses benefícios.

“Assim como os bancos de sangue, é importante que as doações ocorram durante todo o ano, para que não falte estoque para as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatais”, ressaltou a psicóloga.

Em Anápolis, as únicas unidades que coletam e armazenam o material são o próprio banco de leite municipal e o laboratório da Santa Casa.

Por fim, Muriel destacou a relevância da prática também na questão psicológica, especialmente no que se refere à construção de um relacionamento entre a mãe e a criança.

“Esse momento da amamentação é quando a mãe estabelece um vínculo com o bebê, então é a qualidade desse vínculo que vai ajudar na condição psíquica do bebê. Se você não foi amamentado, mas teve o acolhimento, foi pego no colo, embalado, olhado nos olhos, houve também uma consolidação do psicológico”, concluiu.

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