Jovem que se feriu no Rap Mix não consegue falar e perdeu quase todos os movimentos

Giovana Moreira Salerno, de 20 anos, recebeu alta do Hugo após quase dois meses internada, depois de bater a cabeça em queda de rampa

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Giovanna Moreira Salerno [a esquerda], e a mãe, Lorena Moreira. (Foto: Reprodução)

Após quase dois meses internada, a jovem Giovana Moreira Salerno, de 20 anos, teve alta do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), há cerca de uma semana. No entanto, a luta da família da jovem apenas começou.

Isso porque, conforme o advogado da família, Hebert Valentim, a estudante não consegue falar e perdeu quase todos os movimentos do corpo.

Em entrevista ao G1, em matéria publicada nesta quinta-feira (07) ele afirmou: “O laudo médico indicou que ela teve tetraplegia espástica. Nós esperamos que seja reversível, mas serão anos de tratamento, fisioterapia e estímulos naturais. Ela também teve dano estético, porque teve que cortar parte da cabeça”.

No dia 09 de julho, Giovana teve um traumatismo craniano após bater a cabeça durante a queda de uma das rampas que davam acesso ao front stage do Festival RapMix, em Goiânia.

Segundo Hebert, a jovem tem breves momentos de compreensão. No lado esquerdo do corpo, ela responde a pequenos estímulos quando sente dor. Entretanto, o lado direito não se move.

O advogado disse também que a família precisou gastar aproximadamente R$ 17 mil em uma cama adaptada, cadeira de rodas e itens para o tratamento, que vai continuar.

Por fim, o profissional destacou que a família abrirá uma ação contra o festival após o fim do inquérito policial, que está na fase final. Eles devem entrar com um pedido de indenização por danos morais, materiais e estéticos.

“A organização não fez nenhum contato. Eles não prestaram nenhum tipo de solidariedade, nem apoio psicológico”, concluiu.

Em nota enviada ao G1, os organizadores do RapMix afirmaram que desde a época do acidente, buscaram contato com todas as famílias envolvidas.

No entanto, segundo eles, após algum tempo “algumas famílias optaram por interromper o contato direto, solicitando que toda a comunicação fosse realizada através de seus respectivos advogados”.

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