Obras da Prefeitura de Anápolis se arrastam e deixam moradores no atoleiro

Alguns moradores não estariam nem conseguindo sair de carro, já outros tentaram mas acabaram atolados

Samuel Leão Samuel Leão -
Rua se torna enorme atoleiro em Anápolis. (Foto: Acervo Pessoal)

Um morador passou por uma dor de cabeça nesta terça-feira (03), quando o carro que ele dirigia atolou logo na porta de casa. A cena seria comum em uma fazenda, mas aconteceu na Avenida Belo Horizonte, situada no Residencial Victor Braga, região Centro-Sul de Anápolis.

“Ontem mesmo um rapaz caiu de moto e ralou bastante, hoje cedo fui sair de casa para levar meu filho para escola e acabei caindo no buraco. Meu carro afundou e apoiou na manilha, embaixo da lama. Meu vizinho de frente não consegue retirar o carro de casa há sete meses, só usando o uber, e ele tem todos os recibos para comprovar”, desabafou o morador Bruno da Rocha.

Após tentar sair de todas as formas, o morador foi ajudado por funcionários da prefeitura que faziam obras na região e dispunham de uma escavadeira. O veículo foi guinchado e conseguiu sair da lama espessa.

“Essas obras começaram em janeiro. Segundo as placas, pregadas aqui na região, a obra era para ser finalizada em 120 dias. Quando chegou no final de agosto, os chefes da obra falaram que no começo de setembro iriam asfaltar. Depois disseram que estavam com dificuldades para encontrar pessoal, mas que dia 14 começaria. A nova data era 25 de setembro e até agora nada”, explicou.

Ao Portal 6, o Secretário de Obras, Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Wederson Lopes, não só admitiu que as placas de sinalização da finalização da obra estão erradas como não soube dizer quando elas iniciaram – mediante necessidade de consulta no sistema.

“Vou pedir para olharem os contratos, de cada uma dessas obras, e atualizarem as placas. Muitos colocaram o prazo de início da obra como a data da assinatura do contrato, entre outros erros”, disse.

Ele explica que, no entanto, a estrutura faz parte de uma interligação de águas pluviais e que faz parte da restauração de uma ponte. “A próxima etapa é a compactação do solo, para que façamos a pavimentação”, explicou.

Ele ainda expressou que, apesar de seguirem em andamento, a reconstituição da via irá depender da estiagem, pois a chuva inviabilizaria as recolocação da massa asfáltica. Portanto, a previsão segue em aberto, conforme ele, deverá ficar pronta 15 dias após pararem as chuva.

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