Pastor de Anápolis é suspeito de ‘incorporar anjos’ para abusar sexualmente de fiéis

Líder religioso teria prometido progressão de vida financeira, além de afirmar que expulsaria "pomba gira"

Caio Henrique Caio Henrique -
Pastor era líder da Assembleia de Deus Ministério Bola de Fogo, localizada no Jardim das Américas 3ª etapa. (Foto: Reprodução/ Instagram)

Duas jovens tiveram de procurar ajuda para denunciar momentos de abusos vividos sob a falsa narrativa de um pastor de Anápolis, que afirmava realizar “campanhas espirituais”.

Elas eram fiéis de longa data da Assembleia de Deus Ministério Bola de Fogo, localizada no Jardim das Américas 3ª etapa – região Norte da cidade.

A igreja tem como líder o pastor Vanderlei Antonio de Oliveira, suspeito de tramar e realizar todo o esquema de enganações, que estaria acontecendo desde o final do último ano.

Se aproveitando da posição, o religioso teria abordado as jovens para propor reuniões privadas, em um formato de campanha de oração espiritual, em que incorporava “anjos”.

Para uma das vítimas, o líder teria afirmado que uma “pomba gira” estaria no caminho do marido dela e que era necessária a campanha para que o companheiro voltasse a ter interesse sexual pela esposa.

Para a outra, Vanderlei teria prometido uma progressão na vida financeira e sentimental, mas, para isso, ela teria que enviar fotos e vídeos íntimos.

Em ambos os casos, durante as “reuniões”, as jovens alegam terem sido submetidas a atos sexuais contra a vontade delas.

A esposa de Vanderlei, inclusive, estaria junto do marido nesses momentos para ordenar que as garotas continuassem com os atos, já que seria tudo da “vontade dos anjos”.

Ainda na tal personificação angelical, o pastor teria pedido que elas jurassem manter voto de sigilo sobre o que acontecia nos encontros ou seriam para sempre “amaldiçoadas”.

Constrangidas, as vítimas tentaram colocar fim na situação, mas foram confrontadas por Vanderlei, que teria ameaçado divulgar todo o material íntimo delas.

O caso já está sendo investigado pela Polícia Civil (PC), através da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).

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