Enfermeiros denunciam que Ânima se recusa a pagar piso da categoria

Centro hospitalar ainda teria feito uma redução no quadro de funcionários, sobrecarregando e infringindo a lei da categoria

Samuel Leão Samuel Leão -
Hospital Ânima, situado na região Norte de Anápolis.(Foto: Reprodução)

Em meio à polêmica do Piso da Enfermagem, denúncias eclodem apontando que o Ânima Centro Hospitalar, em Anápolis, não estaria pagando a atualização aos servidores. São cerca de 200 profissionais.

“Disseram que não poderiam pagar o piso, porque havia um projeto de lei que tramitaria ainda para o ano que vem. Mas eles misturaram a lei do piso da saúde com a do piso da enfermagem. Basicamente fingiram demência e misturaram dois projetos de lei, sendo que o prazo para as empresas privadas negociaram um acordo coletivo com os servidores no novo piso era de 60 dias, o qual já se esgotou”, revelou ao Portal 6, uma servidora da unidade que pediu para não ser identificada.

Entre as alegações, os colaboradores apontam que a unidade, que faz parte da rede Santa Lúcia, ainda teria feito uma redução no quadro de funcionários, justificada pela gestão como uma forma de conter os gastos ocasionados pelo novo piso.

“O hospital disse que a rede Santa Lúcia não vai pagar o piso. Mas avisaram aos colaboradores apenas às 17h do dia anterior ao que deveria ser pago. Além disso, o setor onde eu trabalho fica 100% cheio”, complementou uma outra funcionária do centro hospitalar.

De quebra, as funcionárias fazem uma segunda denúncia preocupante. Em uma espécie de manobra para tentar ‘solucionar’ ou ajustar as contas, o Ânima teria reduzido o quadro de funcionários.

Entretanto, elas apontam que, dessa forma, há sobrecarga de trabalho que, inclusive, esbarra em uma esfera legal. “Reduziram o quadro de funcionários, dizendo que era para equilibrar as contas com o novo piso, que eles nem estão pagando, assim técnicos chegam a atender de 7 a 8 pacientes, quando máximo por lei é de 6”, ressaltou.

Conforme a profissional, as denúncias foram protocoladas tanto no Ministério Público do Trabalho quando no Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO).

A reportagem entrou em contato tanto com a assessoria direto do Hospital Ânima quanto com a da Rede Santa Lúcia, contudo não obteve resposta até o momento da publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

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