Casos de virose entre crianças lotam prontos-socorros em Anápolis; saiba como proteger os pequenos

Portal 6 conversou com especialista, que explicou quais são os principais sintomas e como evitá-los

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
UPA Pediátrica, em Anápolis. (Foto: Divulgação/FUNEV)

Com a chegada da primavera, os casos de crianças com virose têm aumentado e enchido os prontos-socorros de Anápolis. Ao Portal 6, a pediatra Talytha Coelho explicou porque o período é propício para tais enfermidades e como evitar que os pequenos se contaminem.

“Todas as vezes que temos mudanças de temperatura, muda a circulação dos vírus”, apontou a especialista. Com isso, as crianças, que possuem organismos mais vulneráveis por estarem em desenvolvimento, entram em contato com novos agentes que podem vir a causar problemas.

Além disso, o calor excessivo pode contribuir para a desidratação, sendo que crianças possuem maior necessidade de ingerir água. A falta de hidratação, por sua vez, também desestabiliza a imunidade, de acordo com Talytha.

Entre o público infantil, a médica afirmou que tem percebido um aumento de relatos de diarreia, vômito e tosse nas últimas semanas, sintomas relacionadas ao adenovírus e rotavírus.

O Adenovírus é caracterizado por sintomas repiratórias como tosse, falta de ar, obstrução nasal, coriza e também conjuntivite. Já o rotavírus possui sintomas como diarreia, vômito e febre.

Talytha aponta que é necessário que responsáveis se atentem caso as crianças apresentem sinais do tipo, visto que “os quadros virais podem evoluir para quadros bacterianos. No caso do adenovírus, é ainda mais perigoso”.

Isso porque o adenovírus afeta a parte respiratória, provocando inflamações e, sem o devido tratamento, podendo até causar uma pneumonia bacteriana.

No caso da diarreia e do vômito, também é importante se atentar, já que a desidratação é um perigo para o público infantil. “Criança desidrata muito rápido, o que tem lotado os prontos-socorros”, destacou.

Para evitar a contaminação, a pediatra afirmou, por fim, que o ideal seria evitar contato com pessoas já sintomáticas, no entanto, por ser difícil, há as medidas básicas.

“Lavar as mãos com regularidade, manter uma boa hidratação e se atentar aos sinais, como choro sem lágrima, boca seca, dificuldade para se alimentar e febre por mais de 48 horas”, finalizou.

Ao Portal 6, a Fundação Universitária Evangélica (FUNEV), que administra a UPA Pediátrica, apontou que, em setembro, 1.624 pacientes apresentaram sintomas compatíveis com viroses diversas.

Em outubro, até o momento, este número foi de 1.229 pessoas.

 

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