Corpo encontrado em lago de Goiânia é de mãe que assassinou as duas filhas em Edéia

Izadora Alves de Faria matou as duas filhas, de 06 e 10 anos, a facadas em setembro de 2022

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Imagem mostra Izadora Alves de Faria, ao centro, assassina confessa das duas filhas. (Foto: Reprodução)

Segundo a Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) de Goiânia, o corpo encontrado em um lago da capital no dia 07 de novembro é de Izadora Alves de Faria, mãe que matou as duas filhas brutalmente em Edéia, em setembro de 2022.

De acordo com a Polícia Civil (PC), não foi possível realizar a identificação imediata do corpo devido ao estado avançado de decomposição.

No dia 03 de novembro, a mulher foi vista em uma ponte sobre o Rio Anicuns enquanto amarrava uma corda no guarda corpo. Dessa forma, o Corpo de Bombeiros foi até o local e encontrou apenas marcas do objeto, o que poderia indicar autoextermínio. Porém, até o momento, a causa da morte ainda não foi divulgada.

A mãe, de 32 anos, estava internada em um hospital psiquiátrico na Grande Goiânia desde outubro de 2022, após uma tentativa de autoextermínio cometido enquanto esteve presa em Israelândia.

Relembre

Izadora foi detida depois de matar Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 06 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos, no dia 27 de setembro.

As investigações apontam que ambas foram envenenadas, afogadas e esfaqueadas pela mãe. Assim sendo, ao delegado Daniel Moura, a mulher afirmou que havia tentado comprar uma arma de fogo para tirar a vida das filhas e a própria mais rapidamente.

Além disso, ela havia inicialmente planejado eletrocutar as crianças, mas como o método não levou à morte, decidiu por afogá-las. O golpe fatal foi feito com a arma branca.

Quem presenciou o resultado da crueldade foi o pai, que encontrou as crianças mortas em um colchão, cobertas por um lençol.

Após o crime, Izadora foi encontrada em um matagal próximo à casa com sinais de ferimentos que poderiam indicar tentativa de suicídio, segundo a PC. Assim, ao ser presa, ela confessou e foi indiciada por duplo homicídio qualificado.

Diante da natureza dos atos cometidos, foi solicitado uma avaliação psiquiátrica da mulher. Com isso, o laudo da Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) apontou que a Izadora sofria de transtorno psicótico.

No documento, foi identificado que ela estava “inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato”, o que, de acordo com o artigo 26 do Código Penal Brasileiro, pode levar uma pessoa a ser considerada inimputável perante a lei.

Diante disso, em setembro deste ano, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a absolvição de Izadora.

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