Falsa psicóloga usava tecnologia para ameaçar família de ex-namorado: “depois não vai chorar em cima do sangue”

Suspeita ligava para o ex-namorado de 10 a 15 vezes por dia para ameaçá-lo e à família

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Amanda se ameaçou para despistar suspeitas (Foto: Reprodução)

Inconformada com o término de um namoro de apenas um mês e meio, Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, passou a ameaçar o ex-namorado e toda a família dele antes de envenená-los.

A falsa psicóloga chegou a criar diversos perfis falsos para aterrorizar a família, segundo o delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama.

Desde o dia 27 de julho, foram pelo menos seis perfis utilizados para perseguir e enviar ameaças de morte ao filho de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e neto de Luzia Tereza Alves, de 86 anos, que faleceram no início desta semana após terem ingerido alimentos envenenados.

“Depois não adianta chorar em cima do sangue deles”, teria dito a mulher em uma das ocasiões – indicando premeditação dos crimes.

Além das mensagens assustadoras enviada nas redes sociais, a mulher ainda ligava para o ex-namorado de 10 a 15 vezes por dia e enviava SMS. Porém, a suspeita utilizou de um software para cobrir as pistas que poderiam apontar para ela.

“Ele bloqueou mais de 100 números de telefone. (…) Os números eram derivados de uma tecnologia que mascara o original”, explicou.

Além disso, numa forma de despistar, ela ainda enviou mensagens em que se ameaçava. “Eu vou matar você e sua namoradinha” esteve entre as promessas feitas ao ex-namorado, de acordo com o delegado. Diante da perseguição, a vítima chegou a fazer uma denúncia para que o caso fosse investigado.

Com isso, a Polícia Civil (PC) identificou que o telefone original utilizado para criar os derivados estava cadastrado no nome do irmão de Amanda. As suspeitas se estreitaram ainda mais quando foi apontado que o e-mail e número de confirmação eram da própria ex-namorada.

Questionada sobre a possível autoria das ameaças, a mulher tida como responsável pelos crimes negou veementemente. Ela também se recusou a fornecer o celular para que a inocência fosse atestada.

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