Goiás pode estar diante da maior criminosa já conhecida na história do estado

Chocou os jornalistas e demais profissionais da imprensa presentes na coletiva o fato de Amanda Partata também ser apontada como alguém que já embebedou e teve relações sexuais com uma criança de apenas 10 anos

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Detalhes do caso foi passado à imprensa pelo delegado Carlos Alfama. (Foto: Danilo Boaventura)

Falsa psicóloga, possível pedófila, comportamento de psicopata e assassina: assim foi descrita a advogada Amanda Partata, de 31 anos, pela Polícia Civil, em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (21), na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Goiânia.

Responsável pela reviravolta na investigação que descobriu a autoria da morte por envenenamento do pai e da avó do ex-namorado de Amanda Partata, o delegado Carlos Alfama adiantou que a suspeita tem uma ficha criminal que extrapola os limites de Goiás.

Segundo a autoridade policial, ela é investigada por outros crimes em pelo menos quatro estados da federação.

Chocou os jornalistas e demais profissionais da imprensa presentes na coletiva o fato de Amanda Partata também ser apontada como alguém que já embebedou e teve relações sexuais com uma criança de apenas 10 anos.

Os detalhes do crime mais recente também deixaram todos boquiabertos. Para atingir o ex-namorado, além do bolo de pote de uma famosa doceria da capital, a advogada também teria comprado pães de queijo e dissolvido chumbinho no suco que elas consumiram como café da manhã.

Após perceber que o plano havia dado certo, ela retornou para Itumbiara, cidade onde residia atualmente, em uma corrida contratada via aplicativo de caronas.

Durante a viagem, Amanda recebeu ligação de uma das vítimas que confidenciou estar passando mal e perguntando se ela estava bem.

Horas depois, Leonardo Pereira, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, morreram em um hospital privado da capital com a suspeita de intoxicação alimentar.

Foi a Polícia Científica de Goiás que, ao realizar o exame cadavérico, descobriu que não havia nada de errado com os doces. A suspeita é de que o suco tenha sido envenenado. O laudo que poderá comprovar a tese está previsto para ser finalizado nos próximos dias.

Esse detalhe foi importante para que a Polícia Civil isentasse de qualquer culpa a Perdomo Doces, da famosa empresária Mariana Perdomo, pela morte das vítimas.

O delegado Carlos Alfama reconheceu que o caso foi registrado inicialmente no órgão tendo a Perdomo Doces como possível responsável.

A rápida força-tarefa da Polícia Civil montada, muito em parte porque a vítima do sexo masculino fazia parte dos quadros da corporação, conseguiu celeremente virar essa página com a prisão provisória de Amanda Partata.

Por enquanto, ela está recolhida na Casa do Albergado Ministro Guimarães Natal, em Goiânia. Deve ainda ser instada pelos investigadores a prestar novos depoimentos. Dos que fez antes da coletiva, ela não havia assumido ainda a autoria do duplo homicídio qualificado.

Porém, a lista de crimes já apurados pela Polícia Civil a colocam em um lugar de quase exclusividade na história de Goiás. Nenhum outro preso no estado cometeu tantos delitos variados e conseguiu ficar impune por tanto tempo.

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