Francisco Jr. explica como força tarefa pretende destravar e alavancar economia do Daia

Ao Portal 6, o presidente do Codego pontuou os principais fatores que preocupam a gestão

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Francisco Jr. explica como força tarefa pretende destravar e alavancar economia do Daia
Entrada do DAIA, em Anápolis. (Foto: Governo de Goiás)

Uma vez referência de desenvolvimento e atração de grandes empresas, o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) já é visto atualmente como um motor que há muito tempo não recebe manutenção, fazendo a cidade perder espaço para potências emergentes como Aparecida de Goiânia.

Diante disso, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) criou uma força tarefa para catalisar o distrito – considerado um dos mais importantes do estado. Ao Portal 6, o presidente da Codego, Francisco Jr., explicou que a companhia está passando por uma reforma administrativa que busca profissionalizar a gestão em diversos aspectos.

Assim, por ser uma peça chave no desenvolvimento do município, o DAIA receberá ‘injeções de investimentos’ para que os gargalos sejam amenizados.

Nos últimos seis meses, foi feito um levantamento das necessidades e prioridades do distrito, sendo que alguns se destacaram, como é o caso da regularização fundiária, que, segundo o presidente, é um problema histórico que perdura há quase meio século.

“Grande parte é irregular. Não tem escritura definitiva, registrada e finalizada. […] Me incomoda muito ver terreno parado por questão judicial, falta de acordo”, apontou. O plano para amenizar o desafio é simplificar o processo de aquisição e desenvolvimento de um espaço, como por meio de mudanças no código atual e nas autorizações que a Codego confere.

Outro problema identificado foi a distribuição e tratamento da água, sendo que cada empresa possui as próprias necessidades. Um exemplo é a presença de indústrias farmacêuticas e demais que trabalham com produtos químicos, cujo uso de água requer maiores cuidados.

“Estamos realizando ações fora do DAIA, como a busca de uma agencia de regulação. […] Estamos investindo na ampliação da represa e no sistema de produção de água para que tenha o recurso a um preço competitivo e sustentável. Quero garantir que tenha água para os próximos 30 anos, no mínimo”, destacou Francisco Jr.

Para tal, uma das opções que o comitê gestor estuda é o incentivo aos produtores de água. Além disso, a ampliação da disponibilidade de energia é uma das prioridades, sendo que a Equatorial Energia já foi acionada para atender a demanda.

O presidente afirmou que, inicialmente, se fala em investir em subestações a na ligação entre as existentes, de forma que, caso uma tenha sobrecarga, outra cumpre a falta sem atrapalhar as atividades.

Por fim, o comitê irá analisar as cadeias produtivas, para então buscar de parcerias que possam diminuir os custos e fazer com que as empresas do DAIA se destaquem no mercado novamente, de forma a movimentar todo o município. “O DAIA é muito importante, mas quero atrair para a região, para Anápolis”, finalizou.

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