Entenda sobre substância encontrada em bolos utilizada para envenenar ex-sogro e mãe dele, em Goiânia

Em coletiva, perita explicou que elemento era utilizado anteriormente no Brasil como pesticida

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Amanda Partata no dia em que crime foi realizado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Inodora, incolor e extremamente tóxica. Essas são algumas das características da substância encontrada em dois bolos de pote que foram consumidos e levaram a óbito Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza, de 86 anos, em Goiânia.

Durante coletiva de imprensa ministrada desta quarta-feira (27), a Perita Criminal Oficial da Polícia Técnico-Científica de Goiás, Mayara Cardoso da Silva Martins, revelou alguns detalhes sobre o composto supostamente utilizado pela ex-nora do homem, Amanda Partata, de 31 anos.

Definida como um óxido inorgânico, a profissional explica que o elemento, mesmo que aplicado em pequenas quantidades, apresenta uma grande toxidade e é conhecido pela alta letalidade. O nome do produto não foi revelado por uma questão de segurança pública.

Anteriormente, no Brasil, o produto era utilizado como pesticida, mas teve o uso para esta finalidade negado e, atualmente, é usado na fabricação de vidros e de madeiras.

A substância, que apesar de ser rara, é conhecida. Segundo a perita, ela pode ser encontrada em diversos formatos, como na forma líquida, e não apresenta odor e tampouco sabor.

Embora o produto não tenha a venda proibida no Brasil, a perita destaca que ela é de difícil acesso e é vendida em estabelecimento revendedores de reagentes químicos.

Caso consumida, ela pode trazer danos severos em diversos órgãos e apresenta sintomas como diarreia, dores abdominais e entre outros.

“Sendo assim, identificamos o elemento oxido inorgânico e descartamos essa sugestão que eles  haviam vido óbito por meio de uma morte natural e sim por envenenamento por característica da tal substancia”, destacou.

De acordo com a corporação, dos 04 bolos de pote encontrados no local, apenas dois estavam contaminados com a substância. Em um deles, foi constatado que o alimento estava 80% contaminado.

A hipótese de que o envenenamento havia sido decorrente do suco foi descartada,  uma vez que elemento apresenta uma difícil dissolução.

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