Jovem com deficiência ‘some’ da janela de condomínio de Anápolis e é resgatado em condições subumanas

Rapaz passava muito tempo sozinho e vídeo registrado no local mostra que residência era insalubre

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Casa estava inabitável quando Corpo de Bombeiros realizou o resgate (Foto: Reprodução)

Um jovem, de 23 anos, com deficiência física e mental, foi encontrado sozinho e em condições subumanas na tarde deste sábado (30), em um condomínio localizado no bairro Chácaras Colorado, em Anápolis.

O Corpo de Bombeiros esteve presente no local para ajudar no resgate da vítima, que estava coberta pelas próprias fezes e sangue devido à falta de cuidados básicos.

A Polícia Militar (PM) também precisou ser chamada para ir até o local e, informações levantadas por testemunhas dão conta de que o rapaz sempre é visto na janela e já teria o costume de passar longos períodos desacompanhado.

Em vídeo encaminhado às autoridades, é possível ver a mãe dele, de 48 anos, jogando água no filho, como uma espécie de banho, enquanto ele olha pela janela, ainda vestido.

Ao se deparar com a cena, uma vizinha pediu para que a mãe levasse o jovem ao banheiro para receber um banho completo, mas a mulher se recusou.

Posteriormente, moradores do condomínio sentiram a falta do jovem na janela, o que acendeu alertas de que algo havia acontecido, levando ao acionamento dos militares.

Por volta das 13h, os agentes encontraram a vítima sobre a cama, com sinais de desnutrição, desidratação e completamente sujo. A residência também estava insalubre, a geladeira não tinha alimentos e o banheiro era inutilizável.

Com a movimentação, a mãe dele retornou para casa e os próprios bombeiros a ajudaram a dar um banho na vítima. Posteriormente, o jovem foi resgatado e encaminhado, junto com a genitora, até a Central de Flagrantes.

Questionada, a mãe apenas afirmou que estava perto do apartamento no momento do resgate e alegou que havia sido abandonada pelo pai do jovem. De acordo com os moradores, não se trata da primeira vez que autoridades precisaram interferir.

O caso será investigado pela Polícia Civil (PC) e a mulher poderá responder por abandono de incapaz e maus tratos.

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