Jovem de Anápolis supera preconceitos e conquista milhões de pessoas sendo manicure: “me curou da depressão”

Carlos Alberto divulga o trabalho nas redes sociais, onde reúne clientes e interessados em aprender com ele

Davi Galvão Davi Galvão -
Carlos Alberto faz sucesso em Anápolis como manicure. (Foto: Arquivo Pessoal)

Vindo de uma família bastante humilde, o anapolino Carlos Alberto (@carlosalbertonails), de 25 anos, segue crescendo e mostrando para todos que se contentará apenas quando alcançar o topo. Já há oito anos, se estabeleceu como um dos manicures de maior destaque e renome da cidade.

Com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, o artista exibe nas publicações os resultados de cada procedimento, engajando um público que cresce a cada vez mais.

Em entrevista ao Portal 6, o profissional, reconhecido pelas finalizações que desenha nas unhas das clientes, revelou alguns dos pontos mais emblemáticos da trajetória que percorreu e as dificuldades pelo caminho, mas deixando claro a todo momento que não poderia estar mais feliz.

Carlos é reconhecido por seus trabalhos em finalizações e detalhes de unha. (Foto: Arquivo Pessoal)

Sonho realizado

“Toda criança tem um sonho do que vai ser quando crescer, e eu sempre quis ser um artista plástico. E eu me orgulho de dizer que realmente realizei meu sonho”, garantiu.

Muito mais do que uma profissão, a manicure representou para Carlos uma mudança de vida. Ainda quando tinha 17 anos, contou que passava por uma fase de depressão e buscou encontrar algo que desse sentido aos dias.

“Nessa época eu já vendia adesivo de unha, e daí foi o que abriu as portas para eu ir para os salões, foi aí que tudo começou”, relembrou.

Apesar disso, ele não começou a trabalhar diretamente com procedimentos estéticos, foram necessários outros 4 meses até que finalmente passasse a aprender e a exercer oficialmente esta função.

“No começo era bastante complicado, especialmente por conta desses paradigmas de gênero, as pessoas viam que eu era homem e não confiavam em mim para fazer as unhas. Mas com o tempo, mostrando que eu não só era bom, como um dos melhores, isso já ficou no passado”, afirmou.

E realmente ficou. Desde 2019, Carlos se tornou bastante ativo nas redes sociais, angariando diversos fãs e, obviamente, clientes, ao ponto de trabalhar basicamente com agendas fixas e já definidas para a semana, mas ainda assim disponível para novos contratos.

Trabalho de finalização realizado por Carlos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Além dos atendimentos, o artista também é regularmente convidado especial em cidades Brasil afora para ofertar cursos e palestras para outras profissionais.

Preconceito e desafios

Com relação aos casos de preconceito que, por vezes, circundam o ramo – apesar de acontecerem com cada vez menos frequência – ele comenta que já tem uma resposta pronta.

“Agora, quando alguém aparece e reclama de eu ser homem e fazer a unha eu já pergunto: ‘É você que vai fazer a unha? Se for, então senta. Agora, se não for, pode ir lá fora e esperar eu terminar'”, brincou.

Carlos ainda garante que aqueles que pensam que manicure se trata apenas de um “bico”, não poderiam estar mais errados.

“Manicure não é só para tapar buraco, não é uma renda extra. É a minha profissão, onde eu faço sucesso e sou reconhecido, não poderia ser mais feliz fazendo outra coisa”, finalizou, deixando claro que não pretende abandonar jamais o tão querido ofício.

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