Lula defende os trabalhadores e é assim que tem que ser, diz iFood

Empresa afirmou que é preciso defender trabalhadores, mas que "há diferenças" entre motoristas de aplicativo e entregadores

Folhapress Folhapress -
iFood esclarece se os entregadores precisam ou não subir para entregar os pedidos
Negociações com a empresa seguem em um impasse (Foto: Agência Brasil)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) está certo em insistir na negociação com o iFood sobre o direito dos entregadores. A fala foi dada pelo diretor de políticas públicas da empresa à rádio CBN ontem.
“Posições divergentes levaram a impasse”. João Sabino afirmou que, apesar de participar de reuniões, o iFood e o governo federal não conseguiram chegar a um acordo.

O diretor citou “diferenças significativas” entre a contribuição de entregadores e motoristas de aplicativo. “[O entregador de aplicativo] não é um trabalhador para qual existe demanda de comida durante todo o dia, de madrugada, até porque os restaurantes estão fechados”, afirmou.

“O presidente está defendendo prioritariamente os trabalhadores e é assim que tem que ser. Tem que cobrar mesmo e a gente vai continuar negociando. Estamos sempre à disposição”, disse João Sabino, diretor de políticas públicas do iFood, à rádio CBN.

Lula fez ‘cobrança’ ao iFood

O presidente mandou o recado ao assinar o projeto de lei que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativo no Brasil. As negociações com empresas que tratam de transporte de alimento e encomenda não avançaram, segundo o governo.

“O iFood não quer negociar. Mas nós vamos encher tanto o saco, que vão ter que negociar”, brincou o presidente. Em nota enviada ao UOL, a empresa afirmou que participou do grupo de trabalho e que havia chegado a um consenso com o governo, mas que houve outras prioridades. “A empresa reforça que apoia desde 2021 a regulação do trabalho intermediado por plataformas e busca uma regulamentação para delivery que atenda as particularidades e necessidades diferentes dos motoristas”, declarou.

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