Equatorial Goiás cai no ranking e é considerada a pior do país em 2023

Em nota, empresa afirma que terá resultados positivos nos próximos anos

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Grupo aponta que recebeu uma rede elétrica defasada no início das operações (Foto: Emilly Viana/Portal 6)

A Equatorial Goiás figurou como a concessionária com pior desempenho no fornecimento de energia em todo o Brasil, no ano de 2023, entre as 29 analisadas. Embora não seja uma novidade para o estado estar entre os piores, a Equatorial cai duas posições já que, em 2022, a concessionária esteve no 27º lugar.

O levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), divulgado na última sexta-feira (15), considera os números de duração e frequência de interrupção no fornecimento de energia.

A partir dos dados, as empresas são avaliadas pelo índice de Desempenho Global de Continuidade (DGC), sendo que quanto menor o número, melhor o serviço. Assim sendo, a Equatorial Goiás recebeu uma avaliação de 1,66, enquanto a primeira colocada, CPFL Santa Cruz (São Paulo), recebeu 0,56.

Em nota ao Portal 6, a concessionária afirma que herdou uma rede defasada, majoritariamente monofásica e com 40% dos transformadores sobrecarregados em dezembro de 2022, no início das operações no estado.

Apesar das dificuldades, a Equatorial Goiás aponta que “trabalha constantemente para elevar os padrões de qualidade no fornecimento de suas concessões, com melhoria de processos e investimentos em confiabilidade da rede de distribuição e tecnologia”.

Diante do cenário, foram investidos R$ 1,8 bilhão na área de concessão nos nove primeiros meses de 2023. Com isso, o grupo defende que terá resultados positivos nos próximos anos.

Confira a nota na íntegra:

O Grupo Equatorial Energia trabalha constantemente para elevar os padrões de qualidade no fornecimento de suas concessões, com melhoria de processos e investimentos em confiabilidade da rede de distribuição e tecnologia.

O modelo de gestão diferenciado da Equatorial vem sendo aplicado com sucesso nos estados onde está presente, implementando sua experiência na recuperação de ativos e no avanço da qualidade dos serviços.

No caso da Equatorial Goiás, logo no início da operação, em dezembro de 2022, a companhia anunciou a reconstrução do sistema elétrico do estado e apresentou um plano de ações e investimentos, com foco na melhoria de distribuição de energia, no desenvolvimento do estado e no atendimento à demanda reprimida. Tudo isso diante da realidade de uma rede defasada, majoritariamente monofásica e 40% dos transformadores sobrecarregados, cenário agravado pela maior onda de calor dos últimos 120 anos.

Para robustecer o sistema elétrico de Goiás foram investidos R$ 1,8 bilhão na área de concessão somente de janeiro a setembro de 2023. A companhia entregou quatro novas subestações, modernizou e ampliou 161 unidades; construiu cinco novas linhas de distribuição de alta tensão, além da recapacitação (reforma) de outras quatro. Para 2024, está entre os principais objetivos da Equatorial aumentar em 36% as manutenções preventivas em todo o estado. Também estão previstas novas obras, com destaque para a nova subestação JK-Jataí e Pirenópolis, além da ampliação e modernização de outras 97 subestações. Todo esse trabalho pode ser acompanhado em tempo real no site do Trabalhômetro: https://trabalhometro-equatorialgo.com.br/.

Com relação à CEEE Equatorial, o Grupo Equatorial Energia tem o compromisso de melhorar continuamente os serviços prestados aos 72 municípios ou 1,8 milhão de clientes da companhia. Desde a entrada na concessão, em 2021, já foram aplicados pela CEEE Equatorial R$ 1,7 bilhão em modernizações, ampliações e construções de novas estruturas do sistema elétrico. Essas ações demandam um tempo para produzir os resultados, e a expectativa é de melhoria nos indicadores nos próximos anos. Vale destacar que, desde o ano passado, o Rio Grande do Sul vem enfrentando uma série de eventos climáticos extremos, que danificaram a rede elétrica e impactaram diretamente o fornecimento de energia em toda área de concessão, além do andamento do cronograma de obras na região. Em setembro de 2023, especificamente, o estado enfrentou chuvas acima da média e cheias históricas, inclusive em Porto Alegre, que teve o mês mais chuvoso desde que é feita a medição pluvial na capital gaúcha, em 1916.

Ainda assim, em relação ao ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para distribuidoras acima de 400 mil clientes, a própria Agência Reguladora destacou que a qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica melhorou no ano passado em comparação com o ano de 2022, conforme apontam os indicadores DEC e FEC apurados pela Aneel, reiterando a busca para que as distribuidoras ofereçam sempre serviço de melhor qualidade para os consumidores.

Por fim, a Equatorial Energia acredita que, a experiência do Grupo na melhoria dos seus resultados de desempenho nas outras concessões, a exemplo da Equatorial Pará que, já ocupou a última posição nesse mesmo ranking e, hoje, conquistou o segundo lugar entre as melhores distribuidoras de grande porte no Brasil, fará com que a Equatorial Goiás e CEEE Equatorial, concessões recém-adquiridas, também apresentem resultados positivos nos próximos anos. 

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