Fracasso em plano de mobilidade poderá resultar em pedágio urbano e rodízio de carros em Goiânia

Pasta tem apostado em iniciativas que visam o desestímulo de veículos individuais privados

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Trânsito em Goiânia. (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia).

Apontadas como possíveis soluções para o trânsito da capital, a aplicação da taxa de congestionamento/pedágio e a instauração de um rodízio de veículos, apresentadas no Plano de Mobilidade de Goiânia (PlanmobGyn), com ações para serem feitas até 2033, são tratadas como uma espécie de plano b para a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM). 

Em coletiva de imprensa dada na manhã desta terça-feira (16), o gerente de gestão territorial e mobilidade da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Jonas Guimarães, ressaltou que as ações serão discutidas futuramente caso outras medidas não sejam capazes de oferecer resultados positivos. 

“Não será discutido, ou no observatório será trago, por algum dos especialista, o pedágio ou rodízio. Cientificamente hoje não é necessário debater essas questões. […] Mas legalmente e cientificamente ele tem que ser citado. Se fracassarmos, haverá uma discussão sobre, mas é uma discussão que neste momento é desnecessária”, explicou. 

Para evitar a aplicação das ações, a pasta tem apostado em iniciativas que visam o desestímulo da utilização dos veículos individuais privados, isto é, carros e motos.

O objetivo é conseguir tornar mais atraente o uso de transporte coletivo público e os deslocamentos em modos ativos, ou seja, a pé ou de bicicleta. 

Ainda neste primeiro semestre de 2024, a SMM pretende criar dois conselhos – sendo um administrativo e outro observatório – para estudo e participação da população em debates sobre ações, abertura de um chamamento público para o retorno de pontos de bicicletas compartilhadas, revitalização das faixas exclusivas para ônibus e de ciclovias e a chegada de 18 ônibus elétricos. 

Para além disso, até 2025, o plano também prevê a reformulação de 75 das 296 linhas de ônibus já atuantes na capital, a reativação dos serviços de transporte CityBus, readequação das calçadas, ampliação de ciclovias, entrega das obras do BRT de Goiânia – sendo a última prevista ainda para o segundo semestre de 2024. 

“É nessas ações que nós queremos trazer o usuário do carro individual, por exemplo, para dentro do coletivo”, ressaltou o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu.

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