Goiás corre o risco de chegar a mais de 60ºC igual Rio de Janeiro? Meteorologista responde

Sensação térmica pode ser influenciada por índices de umidade e até velocidade do vento; entenda como

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Meteorologista explica condições para que sensação térmica se eleve em Goiás. (Foto: Arquivo/Governo de Goiás)

A cidade do Rio de Janeiro (RJ) atingiu um novo recorde de calor, com a sensação térmica chegando à casa dos 60ºC, acendendo um alerta para todo o Brasil – e especialmente Goiás.

Isso porque o estado do Centro-Oeste é conhecido por atingir altas temperaturas nos termômetros, especialmente entre os meses de estiagem.

Diante disso, o Portal 6 conversou com a meteorologista Elizabete Alves Ferreira, coordenadora no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) Goiás/Tocantins.

A especialista apontou que, embora seja um cenário preocupante, Goiás não corre o risco de passar o mesmo que a capital do Rio de Janeiro.

Isso porque, para a sensação térmica ficar tão alta, é necessário que se tenha temperatura e umidade elevadas.

Além disso, a velocidade do vento é também um fator. Quanto mais rápido estiver o deslocamento de ar, menor será a temperatura percebida.

“As nossas temperaturas em Goiás, as mais elevadas, ocorrem em setembro e outubro. E, nesse período, a umidade é mais baixa”, destacou a meteorologista.

Dessa forma, a sensação térmica no estado tende a ser mais próxima à temperatura apontada nos termômetros, variando no máximo 5ºC.

Isso mesmo em municípios como Aragarças e Aruanã, que se encontram próximos a grandes reservatórios de água.

Essa situação é bastante diferente do que aconteceu no bairro de Guaratiba, no último sábado (16), que registrou temperaturas de 40ºC e sensação térmica de 60ºC (20ºC de discrepância).

“A gente pode ter uma sensação térmica de 60ºC, mas lá no futuro, se a gente tiver uma temperatura de 50ºC. Mas no momento presente, com as temperaturas que chegam aqui em Goiás, a máxima que já chegou foi em Aragarças, 44ºC”, destacou Elizabete.

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