“Advogados do crime’’ que atuavam em Anápolis são presos durante operação do MPGO

Suspeitos estariam transmitindo informações de facção criminosa para coordenar planos dentro das penitenciárias

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Foram apreendidos diversos objetos que eram utilizados pelos suspeitos para se comunicarem com os membros da facção. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou a operação “Honoris Criminis”, nesta quinta-feira (21), por meio da qual foram presos dois advogados que estavam sendo investigados por um possível envolvimento com o PCC e que atuavam em Anápolis.

Os suspeitos seriam parte do ”núcleo jurídico” da organização criminosa, transmitindo recados entre os integrantes por meio de falsos atendimentos jurídicos em presídios.

Entre as conversas dos investigados, estava um plano coordenado que buscava interferir nas rotinas dentro das penitenciárias do estado.

Os detentos do PCC também realizavam, por ordens dos advogados, falsas denúncias para os órgãos de controle, onde relatavam torturas e maus tratos, pressionando flexibilizações das regras internas dos prédios de segurança máxima de Goiás.

Dessa forma, durante a operação foram cumpridos dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão nas cidades de Anápolis, Valparaíso de Goiás e no Distrito Federal (DF),

Entre os objetos apreendidos estavam um notebook, um celular e um HD, além de diversos documentos e anotações, que continha recados dos advogados com os criminosos.

A ação contou com a atuação de promotores de Justiça, servidores do MPGO, agentes da CSI, policiais militares, civis e penais.

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