Estudante que fugiu de Catalão é encontrada com filho de Olavo de Carvalho no Paraguai

Jovem, que é estudante de Letras pela UFG, foi internada em um hospital psiquiátrico de Goiânia

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Jovem estava na residência de outro filho do guru, que, segundo policiais, estava revirada (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Na busca por uma jovem de Catalão, de 19 anos, dada como desaparecida, a Polícia Federal (PF) descobriu que ela havia fugido de casa para morar com o filho do Olavo de Carvalho, Tales de Carvalho, no Paraguai.

A goiana foi encontrada na casa de outro filho do falecido filófoso, na cidade paraguaia Presidente Franco, que faz fronteira com Foz do Iguaçu (PR). Questionada pelas autoridades, ela afirmou que viajou por vontade própria.

“Fui passear, queria ver meu cunhado”, disse à polícia, segundo apurado pelo O Globo. Em áudio enviado à família após a fuga, a jovem contou aos pais que havia se convertido ao islamismo e casado com Tales.

Após um período sem contato com os pais, a história foi confirmada pelo filho de Olavo de Carvalho, que, questionado pela família sobre o endereço da jovem, enviou outro áudio em que disse “de hoje em diante, ela presta contas para mim sobre onde ela está e o que ela está fazendo, assim como eu presto satisfação para ela de onde eu estou. É duro, é duro, mas não tem outra opção a não ser aceitar, porque isso não vai mudar. Não é a pressão de vocês que vai fazer ela se divorciar, me largar”.

De acordo com familiares, a goiana começou a se interessar pelos vídeos e cursos de Olavo de Carvalho em 2018. Passados poucos anos, já estudante de Letras na Universidade Federal de Goiás (UFG), ela passou a ter uma relação virtual com o filho do guru. O contato entre os dois foi descoberto quando a família acessou as redes sociais da jovem.

Os pais chegaram a entrar com um pedido de interdição da estudante na 1ª Vara de Família e Sucessões da Justiça goiana, em que citaram “graves problemas psiquiátricos” e a possibilidade de ela ter sofrido assédio psicológico e sexual por parte do Tales.

O pedido foi recusado, o que levou a família a recorrer. Com isso, a desembargadora Lília Mônica de Castro Borges Escher determinou que a aluna fosse localizada para prestar depoimento perante um juiz e um psicólogo forense.

No momento do encontro, no dia 13 de março, Tales não estava presente. Na casa, foram encontradas roupas e malas espalhadas pelo chão, assim como vários colchões.

Desde o dia 15 de março, ela se encontra internada em um hospital psiquiátrico de Goiânia. A unidade de saúde aponta que o motivo de internação foi risco de suicídio, além de doença relacionada a transtorno de personalidade.

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