Professora é demitida após ter nudes vazados por alunos do 6º ano em Alto Paraíso de Goiás

Docente ainda teria sido destratada por colegas de trabalho após caso vir à tona na unidade de ensino

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Caso ocorreu no Colégio Estadual Dr. Gerson de Faria Pereira, em Valparaíso de Goiás. (Foto: Reprodução/Google Street View)

Uma professora, de Alto Paraíso de Goiás, cidade localizada no entorno do Distrito Federal (DF), foi demitida após ter imagens íntimas vazadas por alunos da escola na qual ela trabalhava.

O caso teria ocorrido em agosto de 2023, no Colégio Estadual Dr. Gerson de Faria Pereira, no bairro Paraisinho, mas só repercutiu nesta terça-feira (26).

A docente, identificada como Bruna Flor de Macedo Barcelos, de 43 anos, teria emprestado o celular para alguns estudantes do 6º ano tirarem fotos, para uma atividade pedagógica na instituição.

Segundo ela, as crianças teriam invadido pastas privadas do aparelho, onde encontraram registros íntimos dela.

A mulher só teria tomado conhecimento da situação horas depois, após ser chamada pela administração do colégio para uma conversa.

“Eu trabalhei até o quinto horário normalmente, sem saber de nada. Enquanto estava todo mundo já sabendo da situação, eu só vim a saber às 18h, quando a diretora, no final do dia, me chamou para uma reunião, dizendo que era só entre mim e ela”, explicou a professora, em entrevista concedida ao G1.

Apesar da fala da superior, ao chegar a sala, outras seis pessoas da equipe escolar também estavam presentes. Depois disso, a docente apontou que teria passado a ser destratada no ambiente escolar por parte dos colegas.

A demissão ocorreu pouco tempo depois, sendo que Bruna tinha cumprido apenas oito meses de contrato, ainda que tenha sido admitida para um período de cinco anos.

“A gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi vítima na situação”, destacou a professora.

Ela ainda relatou que o celular foi cedido pela falta de material necessário na instituição, e que o registro do evento era importante para a atividade.

Em nota ao Portal 6, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), apontou que a dispensa da docente ocorreu em decorrência de uma nova convocação de professores, aprovados de forma efetiva em concurso público.

Além disso, a pasta apontou que segue o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que trabalha para prezar a “harmonia e respeito entre os servidores e estudantes”.

Com a palavra, a Seduc:

“A professora em questão havia sido contratada em regime emergencial para suprir uma demanda da unidade escolar. O desligamento da profissional se deu devido à convocação em 2023 de novos professores aprovados no concurso público realizado em 2022, que assumiram, de forma efetiva, vagas dos contratos especiais na rede pública estadual de ensino;

Sobre os fatos que envolvem a conduta da professora, a Seduc Goiás esclarece que segue a legislação de proteção à criança e adolescente, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sempre trabalhando com zelo e prezando pela harmonia e respeito entre os servidores e estudantes”.

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