Falta de profissionais na indústria em Goiás eleva salários em até R$ 6 mil

Ao Portal 6, coordenadora do curso técnico do Senai-Goiás explica ampla busca das empresas por trabalhadores formados

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Curso técnico de alimentos. (Foto: Reprodução/ Freepik)

A escassez de profissionais qualificados aliado a falta de mão de obra é ainda uma lacuna não preenchida e segue sendo uma demanda das empresas do segmento alimentício em Goiás. Por outro lado, a baixa disponibilidade de trabalhadores tem servido para elevar um dos principais pontos da profissão: a remuneração.

Em entrevista ao Portal 6, a coordenadora do curso técnico de alimentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-Goiás),  Lydia Tavares, explica que, atualmente, o cenário na área é marcado por um tipo de contradição, em que são as instituições que procuram o local para a captação de alunos habilitados.

“O mercado continua procurando, tem oportunidade. O que está faltando hoje é a falta de adesão por qualificação. É uma área em que a pessoa não é só executar. O que a gente [Senai] está entregando é além de um operador. Tem conteúdo que trabalha aspecto de liderança que faz com que a pessoa cresça na empresa”, diz.

Por consequência, uma forma de contornar a situação e atrair profissionais para o segmento vem sendo os salários, que podem variar a depender do cargo.

De acordo com Lydia, inicialmente, trabalhadores que ingressam na área podem conquistar remuneração na faixa de R$ 2 mil até R$ 3,5 mil. No entanto, em casos de cargos mais altos, a possibilidade é de ganhos variáveis de R$ 4 mil até R$ 6 mil.

“A pessoa entra [no cargo] com um salário médio que é atrativo. […] A gente tem visto ofertas a partir de R$ 2 mil, a depender do cargo e disponibilidade, mas tem gente que consegue ganhar mais de R$ 3,5 mil. Já pessoas com cargo de liderança e com o curso técnico, podem chegar até R$ 5 ou R$ 6 mil, mas isso vai depender muito da empresa e do histórico do profissional”, ressalta.

No Senai, o curso é de 1.362 horas, tem duração de cerca de 2 anos e é oferecido tanto na modalidade presencial ou Ensino à Distância (EAD) – sendo a segunda uma das principais propulsoras para o aumento de inscrições de alunos na instituição.

“Nós temos percebido um aumento da procura para se profissionalizar, principalmente com a possibilidade de profissionalização do ensino a distância (EAD). Por isso, mais pessoas têm procurado a instituição por isso nos últimos meses”, reforça.

É válido destacar que os formados na área podem atuar em ramos como controle de qualidade em qualquer indústria como leite, gorduras, carnes, cereais, balas, frutas e hortaliças, além de empresas de bebidas.

A gama de possibilidades também se estende para o setor de embalagem de alimentos, matérias-primas, que engloba toda a cadeia produtiva do alimento, desde a entrada até a saída do produto da indústria.

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