Mãe que perdeu três filhos dá à luz em parto raro e emociona: “uma bênção”

Casal, que é de Ceres, precisou passar por um longe e cansativo tratamento após gestações frustrantes

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Bernardo protagonizou um caso raro de bebê empelicado. (Foto: Arquivo pessoal/Paula Cynara Gomes e Silva Feliciano)

1 em cada 80 mil. Essa é a taxa de natalidade de bebês empelicados — termo que se refere a um recém-nascido que não rompe a bolsa amniótica, mesmo fora da mãe. Essa cena tão complexa e rara de se ver foi experienciada por Paula Cynara Gomes, que, após perder outros três filhos durante gravidezes complicadas, finalmente deu à luz a uma criança forte e saudável.

O pequeno Bernardo nasceu na última sexta-feira (17), em Ceres, na região Central de Goiás, trazendo alívio a um casal que, durante três anos, passou por diversas frustrações. Em entrevista ao G1 Goiás, a mãe do pequeno resumiu o nascimento como uma “bênção”.

“Antes mesmo de escutar o choro dele, eu já estava emocionada. O nascimento do meu filho foi uma bênção. Ele é meu pacotinho de amor, meu milagre”, contou a psicóloga, que é esposa do empresário Éder Feliciano.

Bebê nasceu na última sexta-feira (17). (Foto: Arquivo pessoal/Paula Cynara Gomes e Silva Feliciano)

Essa cena tão comovente é uma verdadeira vitória para os dois, que vivenciaram interrupções outras três vezes.

“A primeira foi uma gestação que não se desenvolveu. A segunda se desenvolveu até 10 semanas, mas foi interrompida. Estávamos à espera da Maria Alice. Depois de um ano que a Maria Alice tinha falecido, engravidei do meu terceiro bebê e tive a perda. Dessa vez, não conseguimos descobrir o sexo”, explicou a mãe.

Bernardo só veio ao mundo após uma série de tratamentos aos quais Paula se submeteu. A mulher, que protagonizou a cena peculiar, precisou passar por uma série de checagens para identificar as causas das perdas dos outros bebês. Um dos principais medos da psicóloga surgiu por conta de um quadro de trombofilia cerebral — uma doença causada pela formação de coágulos ou trombos nas veias do cérebro — aos 16 anos.

“Tudo indicava que as perdas seriam por isso, mas não foi diagnosticada trombofilia no segundo bebê, só no terceiro. Meu problema não era engravidar, mas manter o bebê dentro da barriga”, contou.

Apesar disso, Paula e o marido não se deixaram abalar e, após descobrirem a gravidez em agosto de 2023, seguiram com um “longo e cansativo tratamento”.

O pequeno Bernardo nasceu com 3 kg e já está em casa com a mamãe, que se recupera da cesárea.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.