Tratamento contra cancêr de mama pode afetar vida sexual das mulheres

Existem, no entanto, estratégias que podem ajudar nesse processo

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

É um tabu. Pouco se fala sobre o comprometimento da vida sexual das mulheres enquanto fazem tratamento contra o câncer de mama.

De acordo com o oncologista clínico do Instituto de Oncologia e Hematologia (INGOH) dr. Leandro Gonçalves, isso acontece devido a fatores relacionados a questões hormonais induzidas pela quimioterapia ou hormonioterapia, além de envolver também situações relacionadas à autoimagem.

“É preciso lembrar também que o próprio processo terapêutico pode trazer questões físicas como dor, enjoo e diarreia, que muitas vezes fazem com que a paciente tenha uma redução da atividade sexual”, explica o especialista.

Vale ressaltar que existem estratégias que podem ser utilizadas para ajudar as mulheres a lidar com as alterações em sua vida sexual durante o tratamento oncológico, é o que destaca a psicóloga do INGOH, Wanessa Marsal.

São elas:

  • Aceitação como aspecto fundamental no desenvolvimento saudável da vida sexual;
  • Fortalecimento da comunicação com o(a) parceiro(a) esclarecendo medos, receios e desejos;
  • Busca de outras formas de satisfação sexual;
  •  Entendimento das limitações durante esse período;
  • Comunicação assertiva com o médico assistente, pontuando sobre o que o tratamento tem afetado em sua qualidade de vida, inclusive do ponto de vista sexual;
  • Procura por ajuda profissional, como psicólogo, sexólogo entre outros profissionais;
  • Investimento na prática regular de exercícios, já que atividades físicas estimulam a produção de endorfinas, ampliando a sensação de bem-estar e melhorando o humor, além de reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia.

Há mais informações no vídeo a seguir:

 

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