Homem recorre à Justiça após reprovar no psicotécnico por não conseguir desenhar linhas retas
Candidatou alegou que havia sido desclassificado injustamente, acionando advogados que tentaram recorrer a decisão
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) concedeu a um candidato, que havia sido eliminado do concurso para Guarda Civil Municipal do município de Campina do Monte Alegre (SP), o direito de seguir nas próximas etapas do processo, após concluir que ele havia sido prejudicado e eliminado injustamente.
O homem entrou com a ação alegando que foi desclassificado por conta do lápis que estava utilizando para realizar uma atividade avaliativa, a qual consistia em fazer traços verticais em uma folha em branco. Segundo ele, o objeto estava com a ponta muito grossa e, por isso, solicitou que fosse trocado durante o teste, continuando a desenhar os traços, que desde então, começaram a sair normalmente.
Apesar disso, ao entregar o exame para a avaliadora, ele foi imediatamente informado de que havia sido eliminado por conta da diferença na espessura dos traços. Ele explicou o ocorrido, mas isso não foi suficiente para reverter a eliminação.
Ao entrar com a ação, os advogados de defesa solicitaram o resultado do exame para a instituição, que negou a entrega, apenas argumentando que ele não havia sido aprovado.
Dessa forma, ao analisar o requerimento, a juíza Luciane de Carvalho Shimizu, do Juizado Especial Cível e Criminal de Angatuba (SP), entendeu que o candidato foi prejudicado, visto que ele nem mesmo teve o direito de contestar o resultado, sendo negado o direito de receber o documento para análise.
Além disso, a psicóloga da banca responsável pela prova relatou ter ouvido o homem reclamar do lápis e concordou que ele foi prejudicado.
A magistrada, por fim, concedeu ao candidato o direito de prosseguir com o processo, uma vez que a desclassificação foi realizada de forma superficial, devido a circunstâncias fora do controle dele.