Governo de Goiás faz importante alerta sobre possibilidade de surto de coqueluche

Baixa cobertura contra doença e aparecimento de casos em países estrangeiros vem preocupando autoridades estaduais

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Cobertura vacinal em Goiás. (Foto: Aline Rodrigues/ SES-GO)

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Governo de Goiás emitiu um importante comunicado orientando a população sobre a importância da vacinação contra a coqueluche (tosse comprida) – doença infecciosa de alta transmissibilidade causada pela bactéria Bordetella pertussis. 

A ação se deve aos surtos da infecção em países da Ásia e Europa aliada a queda da cobertura vacinal desse tipo de doença no Brasil, que vem ocorrendo desde 2016. Diante do cenário, o Ministério da Saúde (MS) publicou, em maio, uma Nota Técnica com recomendações de ações de Vigilância Epidemiológica da doença no país. 

Em Goiás, foi confirmado apenas um caso da doença em 2022 e um neste ano, sem óbitos. Apesar do baixo número, a imunização da pentavalente contra a infecção é considerada baixa, com índice de 6,12% em 2022 e 78,19% no ano passado. O recomendável do MS é acima de 90%.

“Se a gente não melhorar essa cobertura vacinal que temos hoje, infelizmente, nós poderemos ter casos de surto aqui no estado também. É muito importante que a criança tenha o seu esquema completo para ela ser considerada protegida. Na dúvida, leve seu filho e o cartão de vacinação num posto de saúde mais próximo”, reforça a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim.

A vacinação contra a doença é realizada com a pentavalente, que possui esquema vacinal composto por 3 doses, (aos 2, 4 e 6 meses de vida). 

Posteriormente, é necessário a aplicação de reforços com a vacina DTP aos 15 meses e 4 anos. Apenas depois do recebimento de todas as doses, a criança é considerada protegida.

Também é disponibilizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) a DTP para a vacinação de gestantes, puérperas e de profissionais da área da saúde contra a coqueluche.

Os sintomas da doença variam como tosse seca, febre e cansaço, que podem levar a complicações, como pneumonia, desidratação e paradas respiratórias. 

“Para quem não se lembra, a coqueluche era chamada de tosse comprida, mas, graças à vacinação, às altas coberturas que nós tínhamos, muitos países não conhecem essa doença mais. Contudo, ela está voltando e precisamos redobrar os cuidados, já que, nas formas mais graves, ela pode, inclusive, levar à morte”, salienta.

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