Ministério do Esporte classifica ação de policial no jogo do Grêmio Anápolis como “desproporcional” e “violenta”

Goleiro Ramon Souza foi atingido por uma bala de borracha disparada por um militar

Pedro Hara Pedro Hara -
Imagem mostra momento em que goleiro do Grêmio Anápolis foi atingido. (Foto: Reprodução)
Imagem mostra momento em que goleiro do Grêmio Anápolis foi atingido. (Foto: Reprodução)

Em nota, o Ministério do Esporte classificou a ação policial ocorrida no jogo do Grêmio Anápolis como “desproporcional” e “violenta”.

Na noite desta quarta-feira (10), o goleiro Ramon Souza, que defende o GEA, foi atingido por um tiro de bala de borracha disparado por um agente da Companhia de Policiamento Especializado (CPE).

Segundo o texto, a ação “vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte”.

A nota diz que o episódio reforça “a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos” para garantir que a “atuação policial seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela proteção aos indivíduos”.

Leia na íntegra o posicionamento do Ministério do Esporte

É com grande consternação que o Ministério do Esporte tomou conhecimento dos lamentáveis acontecimentos ocorridos durante a partida de futebol entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar, que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza, é inaceitável e deve ser veementemente repudiada. Este tipo de conduta vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte.

Nos solidarizamos com o jogador, vítima desta ação desmedida, e com toda a equipe do Grêmio Anápolis, que presenciou e sofreu os impactos deste ato de violência. É inadmissível que profissionais do esporte, que dedicam suas vidas à prática e promoção do futebol, sejam expostos a situações de tamanha agressividade. Este episódio reforça a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos, garantindo que a atuação policial seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela proteção dos indivíduos.

Reiteramos nossa confiança na capacidade das autoridades competentes em conduzir uma investigação rigorosa e transparente, que leve à responsabilização dos envolvidos e à implementação de medidas que impeçam a repetição de tais fatos. É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol.

Por fim, destacamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente seguro e justo para todos os profissionais e amantes do esporte. Continuaremos lutando por um futebol onde o respeito, a segurança e a integridade física e moral de todos sejam prioridades absolutas, reafirmando nossa posição contra qualquer forma de violência e abuso.

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