Ação que pode anular votos de Vivian Naves e outros dois deputados do PP entra na reta final

Partido é investigado por fraudar candidaturas femininas na eleição passada

Pedro Hara Pedro Hara -
Alessandro Moreira, Vivian Naves e Jamil Calife. (Fotos: Alego)
Alessandro Moreira, Vivian Naves e Jamil Calife. (Fotos: Alego)

A ação do Democracia Cristã (DC) contra a chapa do PP eleita para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em 2022, por suspeita de fraude na cota de gênero, entrou na reta final. Os eleitos pelo partido foram Vivian Naves, Jamil Calife e Alessandro Vieira.

Rápidas apurou que quatro candidaturas femininas que concorreram ao pleito foram alvo da ação do DC. O advogado Felipe Neiva explicou à coluna os indícios que classificaram as mulheres como candidatas laranjas.

“Foram quatro candidatas que tiveram votações inexpressivas. Três delas não tiveram nenhuma forma de arrecadação, não receberam dinheiro do partido. Nenhuma das quatro teve atos de campanha, sendo usadas apenas para preencher a cota de gênero de 30%”, afirmou.

Ainda segundo o advogado, o depoimento das mulheres confirmou a falta de apoio do partido, além de outras irregularidades, como caixa 2.

“Todas elas comprovaram que não tiveram apoio do partido. Algumas chegaram a relatar caixa 2 e ameaças do advogado do partido. Uma delas chorou durante a audiência com crise de pânico, temendo perder o concurso público”, relatou.

Caso a chapa seja cassada, todos os votos recebidos pelo PP na eleição seriam anulados, provocando uma mudança no quociente eleitoral. Os substitutos só seriam conhecidos após uma retotalização feita pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).

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