Homem é condenado a pagar indenização após chamar diarista de “preta” e “ladrona”
Vítima trabalhava na casa da mãe do suspeito e teve uma piora no quadro de depressão após o episódio
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) condenou um homem, de Goianira, município na Região Metropolitana de Goiânia, a pagar uma indenização de mais de R$ 4 mil para uma diarista, após constatar que ele proferiu proferido palavras de cunho racista contra ela, assim como diversas ofensas em grupos do WhatsApp.
A sentença foi definida pela juíza Fláviah Lançoni Costa Pinheiro, do Juizado Especial Cível do município.
Na ação, a vítima relatou que trabalhou na casa da mãe do réu em maio de 2022. No entanto, ao chegar ao local, ela foi recebida de forma extremamente agressiva por ele.
Além disso, ela contou que o homem a chamou de “preta” e, após finalizar os serviços, ainda foi acusada de roubar alguns itens da cozinha da residência, sendo taxada de “ladrona”.
Não bastasse, após o incidente, o acusado começou a difamar a mulher em grupos de WhatsApp, sendo que, dentre essas mensagens, algumas chegaram até mesmo à pastora dela.
Com isso, a diarista, que já tratava um quadro de depressão, passou a sofrer um agravamento psíquico e psicológico, afetando a vida pessoal e profissional.
Logo, ela decidiu entrar com o processo contra o agressor, visto que, além de tudo, teve a imagem e honra comprometidas diante da sociedade.
Dessa forma, a juíza definiu a sentença de R$ 4 mil por danos morais, uma vez que a vítima já havia representado criminalmente contra ele, fato ignorado pelo réu.