Anápolis registra quase 15 mil casos de diarreia aguda e pediatra dá dicas importantes aos pais

Doença afeta pequenos de forma mais severa do que adultos

Davi Galvão Davi Galvão -
Anápolis registra quase 15 mil casos de diarreia aguda e pediatra dá dicas importantes aos pais
Imagem ilustrativa de criança. (Foto: Vanyazhdanya/Freepik)

Com quase 15 mil casos da doença diarreica aguda (DDA) registrados em Anápolis em 2024, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (25) pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a cidade também integra a lista da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) como um dos 186 municípios goianos com surto da doença.

Em Anápolis, 358 afetaram bebês menores de um ano, 1566 crianças de um a quatro anos e 1.195 de cinco a nove anos. Diante desse cenário alarmante, o Portal 6 entrevistou a médica pediatra Stephânia Laudares, que explicitou os cuidados que devem ser tomados por pais e mães durante este período.

A especialista destacou que, no caso das crianças, a diarreia aguda é particularmente mais perigosa do que em adultos, visto que os pequenos, assim como idosos, se desidratam muito mais rápido.

Ela reforçou a importância de os pais, durante este surto, estarem mais atentos à saúde das crianças, especialmente no que tange às evacuações, já que três episódios de diarreia em 24 horas, juntamente com a diminuição da consistência das fezes, são um forte indicativo da doença.

“Em bebês, que ainda tomam basicamente o leite materno, pode ser um pouco mais difícil, já que as fezes são naturalmente menos consistentes. Mesmo assim, qualquer alteração é importante”, destacou.

Segundo o Ministério da Saúde, se os casos não forem tratados, podem levar à desidratação grave e ao distúrbio hidreletrolítico, o que pode ocasionar o óbito.

A médica ainda destacou que, no geral, casos de doenças diarreicas agudas são autolimitadas, com duração de até 14 dias. Caso não haja melhora durante esse período, é essencial procurar assistência profissional.

Como se prevenir e tratar

Sendo uma infecção viral, Stephânia explicou que o contágio da doença se dá por alimentos contaminados, consumo de água sem tratamento adequado e falta de higiene pessoal.

Deste modo, é essencial que os pais tenham atenção redobrada no manuseio de alimentos, além de cobrarem um maior asseio por parte da criança, especialmente na hora de lavar as mãos.

Frutas e verduras devem ser lavados antes do consumo para evitar transmissão da doença. (Foto: Ilustração)

“Outro ponto, se um adulto na casa está com um caso de diarreia, deve-se evitar o contato dele com as crianças. O ideal é que quem está doente fique em algum canto isolado da casa”, disse.

Agora, com relação aos casos já confirmados é imperativo que as crianças recebam soro de reidratação oral, sendo encontrado tanto já pronto para consumo quanto no formato de sal e é distribuído gratuitamente em postos de saúde.

“As pessoas costumam beber água de coco, sucos, frutas com muita água e isso realmente é importante, mas não reidrata. Para recuperar o que foi perdido, precisa obrigatoriamente do soro. Assim, previne desidratações futuras e diminui os episódios de evacuações”, finalizou.

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