Jornalista do Portal 6 tem documentário selecionado em festival internacional
Agora, Thiago Alonso precisa de ajuda para conquistar a primeira fase da votação, que torna o projeto apto a integrar o catálogo de um streaming global e ser exibido na premiação
A busca por algo que fosse além da faculdade, um tema super específico e interesses por história e política foram alguns dos critérios usados pelo jornalista Thiago Alonso no momento de escolher qual seria o tema para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que fecharia o ciclo da graduação dele em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), localizada em Goiânia.
Resultado de meses de trabalho, o documentário “Órfãos do Imperador” coroou a fase universitária de Thiago em dezembro de 2024, e, poucas semanas depois, representou mais uma conquista: a indicação a um festival internacional de cinema e o recebimento de uma honraria especial na área. Agora, ele precisa de ajuda para conquistar o prêmio.
O festival trata-se do Lift Off Sessions Network, uma competição global que acontece, simultaneamente, em diversos lugares do mundo. A categoria escolhida para submeter o trabalho foi a de curtas-metragens estudantis, na qual o projeto de TCC entrou com uma versão em inglês, agora chamado “Emperor’s Orphans”.
A premiação acontece em três etapas. Primeiro, o que conta é o voto popular. “Órfãos do Imperador” precisa estar entre os quatro melhores classificados para seguir para a segunda fase, na qual passa por votos da própria bancada crítica do festival. Os curtas-metragens escolhidos pelos críticos irão para as exibições presenciais, e os dez selecionados passam a integrar o catálogo do MUBI, streaming global.
Diante da indicação inédita e do desafio de competir em uma premiação internacional, Thiago destaca que a ajuda dos goianos se faz muito importante para que ele esteja entre os mais votados. Ao Portal 6, ele compartilhou como aconteceu o processo de formação do documentário, desde a escolha do tema até a inscrição no festival, e explicou como é possível ajudar.
Órfãos do Imperador
O projeto surgiu como uma proposta de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Jornalismo, mas o objetivo nunca foi fazer algo que se limitasse às paredes da universidade. “Eu queria uma coisa que tivesse uma certa repercussão. A minha ideia nunca foi só fazer um projeto para a faculdade, eu sempre quis divulgar, queria publicar no YouTube”, conta Thiago.
Pensando nisso, a ideia de algo que tivesse “apelo popular” surgiu quando o então universitário teve contato com um documentário feito por egressos da PUC Goiás. A partir desse encontro, ele passou a procurar por nichos que pudessem ser explorados no estado, e, interessado tanto por política, quanto por história, se deparou com os monarquistas.
Formado por brasileiros que gostariam de restaurar o império no país, o grupo tem como apoiadores, por exemplo, a família Órleans e Bragança. O tema do TCC, portanto, passou a ser o movimento monarquista do Brasil, e o objetivo era “entender como esse movimento existe 135 anos depois da formação da república”, ocorrida em 1889.
O jornalista explica as indagações que guiaram o tópico: “Como a Proclamação da República aconteceu, quais foram os impasses da monarquia da época, se seria possível e viável ela ser restaurada hoje em dia… e o que esse pessoal quer – eles querem um golpe de Estado, um plebiscito?”, complementa.
Devido aos recortes específicos, o processo, que começou em fevereiro de 2024, foi concluído em dezembro do mesmo ano, após entrevistas em diversas cidades, como Goiânia, Anápolis e Abadiânia. Os investimentos, tanto de tempo, quanto financeiros, apenas refletem o cuidado com o qual Thiago tratou a produção e as filmagens do documentário, cujo tema inédito agora participa de desafios globais.
Como chegou aos festivais
Após receber elogios da banca avaliadora do TCC, o jornalista fez uma nova versão destinada aos festivais de cinema, agora inscrita em premiações de todo o país.
Ele conta que tentar participar do Lift Off Sessions Network foi algo quase casual, e a indicação veio como uma alegre surpresa. “Eu estava me inscrevendo em vários festivais, vendo se encaixava dentro dos critérios. Aí fui me inscrever no festival de curtas do Rio de Janeiro, que é simplesmente um dos maiores festivais do Brasil de curtas-metragens”.
“Como ele é muito grande – é daqueles que te qualificam para o Oscar, para o Festival de Cannes – precisava que eu me inscrevesse em uma plataforma gringa, em que se coloca todos os dados em inglês. Tive que fazer uma versão do meu filme em inglês, legendei ele todo, fiz uma capa. Só que aí descobri que essa plataforma não era só para o Curta Rio, eu podia me inscrever em qualquer premiação do mundo que estivesse lá. Eu me inscrevi nessa premiação e fui selecionado”, revela.
Diante da indicação, ele conta que “estar entre curtas do mundo inteiro” é uma “sensação única”.
Como votar
A votação é online, pela plataforma do Lift Off Sessions Network. Já que o festival não tem fins lucrativos, é cobrada uma taxa, como uma espécie de bilhete digital. Com o pagamento, o votante tem acesso ao “Emperor’s Orphans” e a mais de 160 outras produções concorrentes, em todas as categorias.
O valor é de US$ 12, o que corresponde, atualmente, a cerca de R$ 70. Diante do alto preço convertido, Thiago reforça que essa não é a única forma de ajudar. Quem não consegue votar, mas gostaria de colaborar, pode transferir qualquer quantia para o jornalista, por meio de chave PIX, para que seja possível reunir o valor de mais ingressos. Nesse caso, o envio deve ser para o e-mail [email protected].
Já para quem quer adquirir o bilhete digital, o processo é o seguinte: após a compra, basta acessar o site do festival e votar em “Emperor’s Orphans” na aba “First Filmmaker Sessions”, categoria “Student Shorts”. Depois disso, será enviado um link ao e-mail cadastrado, que permite votar no documentário de Thiago e outros três da escolha do votante.
O jornalista compartilhou que, no momento, está em segundo lugar entre os competidores. A votação se encerra no próximo domingo, 09 de fevereiro.