Último ano foi o mais quente da história e danos ao planeta podem ser irreparáveis, aponta relatório da ONU

Secretário-geral da ONU fez apelo aos líderes mundiais após divulgação do cenário: "precisam aproveitar os benefícios das energias renováveis baratas e limpas"

Caio Henrique Caio Henrique -
Último ano foi o mais quente da história e danos ao planeta podem ser irreparáveis, aponta relatório da ONU
Geleiras têm derretido devido às mudanças climáticas. (Foto: Koen Swiers/Pexels)

Divulgado nesta terça-feira (18), o novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) – que é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU) – trouxe dados alarmantes sobre o atual cenário mundial em meio às mudanças climáticas.

O documento, que é referente ao último ano, apontou que 2024 foi o ano mais quente da história, registrando uma temperatura média global superior a 1,5 °C, quando comparado com os índices da era pré-industrial (1850-1900).

Outros pontos que acenderam alerta nos especialistas foram a alta concentração de CO2 e demais gases de efeito estufa (a maior dos últimos 800 mil anos), o derretimento das calotas polares e o constante aumento do nível do mar.

A elevação das águas marinhas, inclusive, atingiu um recorde histórico no último ano. Vale ressaltar que esse fenômeno é potencializado pelo aumento das temperaturas no planeta.

Isso porque cerca de 90% do aquecimento global foi absorvido pelos oceanos, o que fez com que – obviamente – as temperaturas subissem nas águas.

Como consequência, a biodiversidade é afetada, os riscos de tempestades tropicais aumentam e a elevação das águas persiste. O patamar das mudanças percebidas pode trazer consequências milenares e até mesmo irreversíveis.

Futuro preocupa

Segundo as projeções do relatório, o cenário chegou a um ponto em que, mesmo se as emissões de carbono abaixassem, não é mais possível evitar que os oceanos sigam esquentando até o final do século.

De acordo com especialistas, o patamar das mudanças percebidas pode trazer consequências milenares e até mesmo irreversíveis.

É importante destacar, porém, que, segundo os pesquisadores, o El Niño teve um impacto considerável nas altas temperaturas e fortes secas percebidas em 2024.

Porém, o maior – e antigo problema – segue sendo a emissão de gases de efeito estufa.

Secretário-geral da ONU, António Guterres aproveitou o levantamento divulgado pela OMM para fazer um apelo aos líderes mundiais, em prol da iniciativa de frear os avanços das mudanças climáticas.

“Os líderes precisam aproveitar os benefícios das energias renováveis baratas e limpas para suas populações e economias, com novos planos climáticos nacionais previstos para este ano”, detalhou.

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