A origem pouco conhecida por trás de 6 expressões populares famosas

Muitas dessas frases têm histórias antigas, curiosas e até engraçadas

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
A origem pouco conhecida por trás de 6 expressões populares famosas
(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

As expressões populares fazem parte do nosso dia a dia.

Estão nas conversas com amigos, nas notícias, nos memes e até nas novelas. Mas você já parou para pensar de onde vieram?

Muitas dessas frases têm origens antigas, curiosas e até engraçadas.

E o mais interessante: mesmo que os tempos tenham mudado, seguimos repetindo essas expressões populares como se fossem novas.

A origem pouco conhecida por trás de 6 expressões populares famosas

1. Pé-rapado

Essa é uma das expressões populares mais usadas para falar de quem está sem dinheiro.

A origem vem do século XVII, numa época em que a diferença entre ricos e pobres era fácil de notar até pelos pés.

Enquanto os abastados usavam sapatos limpos e bem cuidados, os camponeses pobres andavam a pé, muitas vezes descalços ou com sapatos tão gastos que viviam cobertos de barro.

Antes de entrar nas igrejas, eles precisavam raspar esse barro em suportes metálicos, na entrada.

Daí surgiu o termo “pé-rapado”: quem não tinha recursos, precisava limpar o pé do jeito que dava.

Com o tempo, a expressão passou a ser sinônimo de gente humilde e sem posses.

2. Olha o passarinho!

Hoje em dia, todo mundo tira foto com celular. Mas no século XIX, tirar uma fotografia era um processo demorado e difícil.

As câmeras da época exigiam que as pessoas ficassem paradas por vários minutos.

Isso era especialmente complicado quando se fotografavam crianças.

Para resolver isso, os fotógrafos criaram um truque: colocavam uma gaiola com um passarinho atrás da câmera e diziam “olha o passarinho!”.

Assim, todos olhavam na direção certa e ficavam imóveis por tempo suficiente.

3. Fazer vista grossa

Essa expressão tem duas possíveis origens. A primeira vem dos navegadores portugueses do século XVII. Eles usavam o termo “vista grossa” para se referir a uma observação rápida, sem atenção aos detalhes.

Em alto-mar, isso podia ser perigoso, mas muitas vezes era uma forma prática de seguir viagem sem se preocupar com cada pequena falha.

A segunda explicação é inglesa. Conta-se que o almirante Horatio Nelson, cego de um olho, usou a luneta justamente no olho cego durante uma batalha para fingir que não via ordens de recuo.

Ele quis ignorar a ordem e seguir atacando. Ou seja, escolheu “fazer vista grossa”.

De um jeito ou de outro, a ideia é sempre a mesma: fingir que não viu algo errado.

4. Farinha do mesmo saco

No campo, era comum armazenar farinhas de diferentes qualidades em sacos separados.

As melhores iam para um lado, as piores para outro. Misturar tudo era sinal de descuido ou má fé.

Assim, quando duas pessoas são chamadas de “farinha do mesmo saco”, a ideia é que são iguais — geralmente em algum defeito ou comportamento duvidoso.

Ao longo do tempo, a frase ganhou tom crítico.

Hoje, é uma das expressões populares mais usadas para indicar que “fulano e sicrano” têm o mesmo tipo de atitude, e não costuma ser um elogio.

5. Lua de mel

Hoje, “lua de mel” é sinônimo de viagem romântica, fotos bonitas e início da vida a dois.

Mas a origem da expressão é bem mais antiga.

Na Idade Média, na Inglaterra e Alemanha, os recém-casados bebiam hidromel — uma bebida feita com mel fermentado — durante o primeiro mês de casamento, seguindo o ciclo da lua.

Acreditava-se que isso aumentava a fertilidade e trazia sorte para o casal.

Com o tempo, a prática foi mudando, mas o nome ficou.

E assim, “lua de mel” entrou para o grupo de expressões populares que carregam tradição e romantismo ao mesmo tempo.

6. Sem eira nem beira

Por fim, temos uma expressão que remete à pobreza e à falta de estrutura. Há duas possíveis origens.

A primeira está na arquitetura: casas ricas tinham telhados com três partes — eira, beira e tribeira.

As mais simples, por sua vez, só tinham a tribeira. Quem vivia em uma casa “sem eira nem beira” era pobre, com moradia básica e incompleta.

A outra versão vem da zona rural. A eira era o terreiro onde os grãos secavam.

Sem uma borda (a beira), os grãos podiam se perder com o vento.

Assim, quem não tinha nem eira nem beira era alguém sem condições nem estrutura para proteger sua própria colheita.

Em ambos os casos, a expressão ficou marcada como sinônimo de miséria ou desorganização.

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