Cidade goiana será altamente impactada com tarifa de Donald Trump com o Brasil
Produtos como petróleo bruto, aço, aeronaves e eletrônicos também podem entrar no centro do embate


A nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros acendeu o sinal de alerta no setor agropecuário goiano. Embora todo o território nacional possa ser impactado com a medida, uma cidade em Goiás poderá sentir o peso do chamado “tarifaço” de forma mais evidente.
É o caso do município de Goianésia, sede do Grupo Jalles Machado, grande marco da agroindústria que produz derivados da cana de açúcar, sendo um dos maiores nomes do mercado brasileiro.
Isso porque, entre os segmentos mais sensíveis às tarifas estão, além da carne bovina, o açúcar de cana, que, juntos, lideraram as exportações goianas para os EUA em 2024.
Para se ter uma ideia, a moagem da safra 2023/24 da Jalles Machado, nas três unidades da empresa, rendeu uma produção recorde de 448,2 mil toneladas, sendo boa parte destinada ao mercado externo.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) destacou ainda que o açúcar movimentou US$ 32,3 milhões no volume de exportações goianas para os Estados Unidos, representando 9,6% do total – ante a 61,8% da carne bovina.
Nem só de carne e açúcar
Outros produtos como frutas, milho, café, hortaliças e peixes também devem sofrer impactos, conforme a Faeg. No campo da produção, a alta nos preços de máquinas agrícolas e fertilizantes, que representam juntos mais de 30% das importações goianas dos EUA, preocupa os produtores.
“Esses setores que são grandes exportadores começaram a sentir os impactos da redução na competitividade no curto prazo […]. Por outro lado, os produtores que dependem da importação de máquinas e fertilizantes terão mais dificuldades para absorver os aumentos nos custos”, completou Novaes.
A Faeg ainda considera precoce estimar os prejuízos concretos, mas cobra articulação diplomática do governo brasileiro, especialmente através de relações diplomáticas.
Vai pesar na gringa
A federação também alerta que os próprios Estados Unidos podem ser prejudicados pelo tarifaço, mas que, no final do dia, ambos os países só tem a perder com uma guerra comercial.
Produtos como petróleo bruto, aço, aeronaves e eletrônicos também podem entrar no centro do embate.
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