CNU 2025: Professor dá dicas de como estudar para o “Enem dos Concursos”

Prazo curto até o exame não é impeditivo para os candidatos que buscam uma chance "de ouro" neste processo seletivo

Natália Sezil Natália Sezil -
Prefeitura de cidade goiana abre concurso com salários de até R$ 3,3 mil
Candidatos em sala fazendo concurso (Foto: Raphael Alves/TJAM)

Quem se dedica a estudar para concursos públicos sabe: cada dica que guie os estudos nos meses que restam, ou que ajude a espantar o nervosismo no grande dia, conta. E no Concurso Nacional Unificado (CNU), onde as opções são ainda mais amplas, isso não é diferente.

Com inscrições que já estão abertas e vão até o próximo domingo (20), o “Enem dos Concursos” pode representar a oportunidade que muitos goianos estão buscando para ingressar na vida pública com a tão sonhada estabilidade financeira.

E, para isso, é importante se atentar aos conteúdos que mais devem receber dedicação durante os meses de preparo. Wellington Lima, professor especialista em concursos públicos e diretor do curso preparatório Cuca-Meta, detalhou ao Portal 6 quais são.

Wellington Lima é professor especialista em concursos públicos e diretor do curso preparatório Cuca-Meta.

Wellington Lima é professor especialista em concursos públicos e diretor do curso preparatório Cuca-Meta. (Foto: Acervo pessoal)

Características únicas

“Primeiro, é importante ter em mente que o CNU é um concurso atípico“, destacou. “Os conteúdos cobrados são diferentes dos demais processos seletivos. Então demanda dedicação, preparação e estudo maiores do candidato”.

“Por conta dessa especificidade, a melhor forma de estudar, o melhor direcionamento, é buscar estar sempre antenado às atualidades das várias matérias. É necessário saber além da teoria”, explicou.

Para o profissional, o que ficou claro na edição anterior do CNU – a primeira realizada pelo Governo Federal – foi que a grande diferença entre os candidatos se deu justamente na parte da prova que tratava de conhecimentos gerais. Isso independentemente do bloco escolhido.

Wellington defende que o erro da maioria, no caso do Enem dos Concursos, é “priorizar demais os conhecimentos específicos”.

E para quem se sente perdido só de observar o conteúdo que será cobrado neste processo seletivo – com temas como políticas públicas, federalismo e transformação digital sendo comuns a todas as provas – o professor tranquiliza: o CNU 2024 pode ser um bom guia de estudo.

“Agora, o candidato tem um parâmetro de como os assuntos são cobrados e quais deles aparecem mais. Então é uma boa ideia se basear na primeira edição do Concurso Unificado”, apontou.

Mas ainda dá tempo de começar a estudar?

O profissional foi direto ao ponto: quem ainda não começou a se preparar para o certame ainda tem chances boas, mesmo se começar hoje. Isso por conta das diferenças que o CNU guarda em comparação a outros processos seletivos.

“Pelo prazo, é importante ter em mente: são pelo menos duas a três horas de estudo todos os dias”, detalhou, reafirmando: “é altamente possível, mesmo com poucas horas diárias. Se o candidato se dedicar, alcança um grau de competitividade muito bom”.

“Se fosse o da Secretaria da Fazenda (Sefaz), por exemplo, não dava tempo, porque tem gente se preparando há meses, até anos. Mas como esse é um concurso novo que cobra conteúdos diferentes, todo mundo começa do zero”.

Já mencionando outros exemplos, o professor também pontuou: concurseiros que tentam se dedicar a vários editais ao mesmo tempo precisarão focar em um só. “Como ele não é compatível com outros concursos, o ideal é focar nesse e esquecer o resto”.

A dedicação total pode pagar bem: os salários oferecidos pelo CNU variam de R$ 4 mil a R$ 17 mil, a depender do cargo. São 3.652 vagas distribuídas por todo o país, podendo o estudante se candidatar a mais de uma oportunidade fazendo a mesma prova.

No dia da prova

No dia do exame, marcado para outubro, também é importante ter algumas coisas em mente. Wellington ressalta: “essa é mais uma etapa da preparação que o candidato já começou“.

“O que eu sempre digo para os alunos é para fazer a parte deles, se dedicar ao máximo e ter em mente que fez o possível. No dia, não pode estudar. O estudo já tem, mas 50% ali na hora depende de fatores externos, como controle emocional“.

“No dia anterior, dá para assistir no máximo um aulão, mas sem compromisso. E é importante ter uma boa noite de sono”, finalizou.

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