Não é o inglês, nem o espanhol: este é o idioma mais promissor para o mercado de trabalho
Idioma ganha espaço em empresas e já aparece nas projeções de especialistas em economia global

No início dos anos 2000, falar inglês era sinônimo de estar um passo à frente no mercado. Pouco depois, o espanhol virou quase obrigatório em setores voltados à América Latina.
Mas, enquanto as atenções estavam voltadas para o eixo tradicional das línguas ocidentais, um outro idioma crescia silenciosamente, dobrando seu número de falantes e acumulando peso econômico.
Hoje, segundo relatórios do British Council e análises da Harvard Business Review, é o mandarim que desponta como a aposta mais promissora para quem busca vantagem competitiva.
Não é o inglês, nem o espanhol: este é o idioma mais promissor para o mercado de trabalho
O movimento não nasceu do nada. Nas últimas duas décadas, a China passou de uma economia manufatureira para protagonista em tecnologia, inovação e comércio exterior.
De acordo com dados do Banco Mundial, o país já responde por uma das maiores fatias das exportações globais e mantém acordos comerciais estratégicos com dezenas de nações.
Essa expansão econômica elevou o status do mandarim, que se tornou o idioma mais falado do planeta, com mais de um bilhão de pessoas, segundo levantamento da Ethnologue.
Empresas brasileiras vêm seguindo a tendência. Informações do portal LinkedIn Economic Graph mostram que as vagas que citam o mandarim como diferencial cresceram nos setores de logística, agronegócio, tecnologia e comércio internacional.
O motivo é simples: a China se consolidou como principal parceira comercial do Brasil desde 2009. Com isso, profissionais capazes de dialogar diretamente com fornecedores e investidores chineses se tornaram valiosos.
Especialistas em relações internacionais explicam que a língua deixou de ser apenas uma habilidade extra e se transformou em ponte para negócios de alto impacto.
Além disso, o British Council aponta que o domínio do mandarim está entre as competências mais procuradas por empresas que atuam em mercados emergentes, especialmente em áreas como energia, infraestrutura e ciência aplicada.
Para quem pensa que aprender o idioma é impossível, a Universidade de Pequim afirma, em seus relatórios pedagógicos, que brasileiros costumam avançar rapidamente nas estruturas básicas, justamente por não terem interferência de sons comuns a outras línguas europeias.
Já plataformas como o Duolingo e o Education First registraram aumento significativo na busca por cursos de chinês nos últimos anos, reflexo de um interesse que deixou de ser nichado.
Se o inglês continua indispensável e o espanhol segue útil, o mandarim se tornou o idioma que melhor acompanha os rumos da economia global. E, pelo visto, deve seguir em ascensão enquanto o mapa do poder econômico continuar voltado para o Oriente.
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