Bolsonaro pede reunião com WhatsApp para tratar de acordo com TSE
Presidente se refere à nova ferramenta do aplicativo que permite grupos com milhares de pessoas e que só irá começar a funcionar no Brasil após o segundo turno das eleições por causa de um entendimento entre o TSE e o WhatsApp.
(FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado (15) que vai propor uma reunião com o comando do WhatsApp no Brasil para discutir com a plataforma os termos do acordo deles com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O presidente se refere à nova ferramenta do aplicativo que permite grupos com milhares de pessoas e que só irá começar a funcionar no Brasil após o segundo turno das eleições por causa de um entendimento entre o TSE e o WhatsApp.
Assim como fizera um dia antes, Bolsonaro voltou a dizer que o acordo é “inadmissível e inaceitável”. E disse já ter conversado sobre o tema com o ministro Fábio Faria (Comunicações) para organizar uma reunião com representantes do WhatsApp no Brasil para tratar desse acordo.
As declarações foram dadas à CNN Brasil nas ruas de Guarujá, em meio a um passeio de moto do presidente pelas ruas da cidade do litoral sul de São Paulo, onde passa o feriado de Páscoa em uma unidade militar.
“Se eles [do WhatsApp] podem fazer um acordo desses com o TSE, podem fazer comigo também, por que não? Pode fazer com você, pode fazer com qualquer um. No Brasil, ou um produto está aberto a todo mundo ou tem restrição para todo mundo.”
Na mesma entrevista à CNN, Bolsonaro voltou a fazer críticas ao TSE e ao ministro Alexandre de Moraes, atual vice-presidente da corte e que a assumirá o comando do tribunal dois meses antes da eleição.
“Agora o grande problema que a gente tem, e não consigo entender, é com o Tribunal Superior Eleitoral. Virou lá um grupo fechado, o TSE Futebol Clube. O que se fala é lei.”
“Há poucas semanas o Alexandre Moraes falou que quem desconfiar do processo eleitoral vai ter o registro eleitoral cassado e preso. Ô, Alexandre, eu estou desconfiado. Vai me prender? Vai caçar o meu registro? Que democracia é essa?”