Câmara de Anápolis arquiva processo contra assessor de vereador que participou de ato terrorista

Pablo Moura é lotado no gabinete de Suender Silva, responsável pelo servidor

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Câmara de Anápolis arquiva processo contra assessor de vereador que participou de ato terrorista
Servidor publicou fotos nas redes sociais. (Foto: Reprodução).

Após denúncias da participação do servidor público Pablo Moura, da Câmara Municipal de Anápolis, nos atos terroristas que ocorreram no último domingo (08) em Brasília, o atual presidente da Casa, vereador Domingos Paula (PV), decidiu por arquivar o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que havia sido aberto.

Na época, o próprio homem registrou e publicou imagens e vídeos no meio do ato extremista, publicando os conteúdos nas redes sociais.

No entanto, mesmo com todas as provas já confirmadas, o presidente da Casa justificou por meio de uma nota à imprensa que entende que a responsabilidade sobre a penalidade é na verdade do vereador Suender Silva (PRTB), já que o funcionário trabalha no gabinete dele.

“Toda e qualquer posição a ser tomada sobre atos ocorridos fora das dependências estruturais da Câmara Municipal de Anápolis, e, relacionados a servidores lotados em gabinete de vereador, são e devem ser tomadas e adotadas pelo próprio parlamentar vinculado ao referido servidor”, afirma por meio da nota.

“Isso, atinente às prerrogativas e os direitos de liberdade e autonomia que cada Parlamentar detém sobre seu gabinete enquanto espaço físico, seus servidores, seu posicionamento político e suas expressões”, finaliza.

Logo após a participação do servidor, o vereador Suender afirmou ao Portal 6 que o assessor está de férias e “tem sua liberdade de ação e pensamento.” Além de se dizer favorável “a qualquer movimento ou manifestação ou posicionamento político, desde que seja de forma pacífica e ordeira.”

O parlamentar também revelou ter conversado com Pablo Moura e que o mesmo teria garantido que não participou dos atos de depredação e vandalismo que ocorreram em Brasília.

Todavia, diante da decisão do presidente da Câmara Municipal, o Portal 6 tentou um novo contato com Suender para perguntá-lo se ele pretende abrir um processo administrativo contra o servidor do seu gabinete, no entanto, o vereador não retornou até o fechamento da matéria.

O espaço seguirá aberto para posicionamento do parlamentar.

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