OS que geria Alfredo Abrahão tem até dia 23 para devolver R$ 42,9 milhões aos cofres públicos
Caso não haja o estorno, Roberto Naves poderá ser responsabilizado juridicamente
A Associação Beneficente João Paulo II, responsável pela gestão do Hospital Municipal Alfredo Abrahão entre outubro de 2021 e setembro de 2024, tem até 23 de dezembro para devolver R$ 42.995.502,44 aos cofres públicos.
O valor milionário corresponde ao volume de recursos que o município de Anápolis pagou à Organização Social pela prestação de serviços na área da saúde que não foram comprovados, como exigia o contrato.
O cálculo do dinheiro que precisa ser devolvido foi feito após uma tomada de contas especial (TCE), procedimento realizado por auditoria interna da Prefeitura após medida cautelar proferida pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCMGO). O órgão já havia alertado o município sobre a situação da João Paulo II, que foi contratada pela atual gestão sem processo licitatório e teve o contrato emergencial renovado diversas vezes, sem o aval do TCM.
Em algumas ocasiões, o Tribunal também cobrou transparência na execução do serviço prestado e chegou a impedir a Prefeitura de continuar fazendo repasses à Organização Social. Caso a João Paulo II não realize a devolução dos recursos públicos, uma das consequências possíveis é de que o atual prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Republicanos), seja responsabilizado.