Projeto de lei quer permitir ao trabalhador saques mensais das parcelas do FGTS

Para virar lei, texto ainda precisa ser aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado

Davi Galvão Davi Galvão -
FGTS distribuirá R$ 15,2 bi a trabalhadores; veja como será o cálculo
Pessoa utilizando o aplicativo do FGTS. (Foto: Joedson Alves / Agência Brasil)

O projeto de lei 335/25, que tramita pela Câmara dos Deputados, propõe mudanças na legislação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ao autorizar que o trabalhador receba os valores do fundo mensalmente, junto com o salário.

De autoria do deputado Pastor Eurico (PL-PE), o texto altera a Lei 8.036/90 e prevê que a opção pelo saque mensal poderá ser feita tanto na admissão quanto durante o contrato de trabalho.

Caso o trabalhador opte após já estar contratado, os repasses em folha começarão a partir do mês do requerimento.

Em caso de demissão sem justa causa, o projeto garante ao trabalhador o pagamento de 40% sobre o total que teria sido depositado mensalmente.

Se a rescisão ocorrer por culpa recíproca ou força maior reconhecida judicialmente, o adicional será de 20%.

Empregadores que deixarem de pagar os valores no prazo estarão sujeitos às mesmas penalidades previstas atualmente para quem não realiza os depósitos na conta vinculada. A fiscalização caberá ao Ministério do Trabalho e Previdência.

Criado para proteger o trabalhador demitido sem justa causa, o FGTS consiste na abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho, onde o empregador deve depositar mensalmente 8% do salário.

A proposta tramita em caráter conclusivo e será avaliada pelas comissões de Trabalho; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

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