Denúncia de Nikolas contra deputada se baseou em informações de grupo investigado pela PF

PF identificou que denúncia apresentada por Nikolas Ferreira foi alimentada com dados de investigados na Operação Rejeito.

Da Redação Da Redação -
Nikolas Ferreira e Duda
(Foto: Montagem)

Uma denúncia apresentada em novembro de 2024 pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) contra a colega de Câmara Duda Salabert (PDT) foi alimentada por integrantes de um grupo investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Rejeito, deflagrada na semana passada.

O inquérito revelou que as informações usadas no processo contra a deputada tiveram origem em pessoas presas por suspeita de integrar um esquema bilionário de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais.

A ofensiva contra Duda começou após ela enviar, em julho de 2023, um ofício à Agência Nacional de Mineração (ANM) pedindo fiscalização e a paralisação imediata das atividades minerárias na Serra do Curral, em Belo Horizonte.

Interceptações telefônicas mostraram que, desde então, o grupo passou a se mobilizar contra a parlamentar.

Segundo a PF, o diretor da ANM Guilherme Santana Lopes Gomes e o ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages repassaram informações privilegiadas que chegaram até o gabinete de Nikolas.

Ambos estão presos preventivamente. Já o empresário Gilberto Henrique Horta de Carvalho, apontado como operador do esquema, também foi detido e aparece em mensagens chamando a deputada de forma pejorativa, em razão de sua atuação ambiental.

O advogado Thiago Rodrigues de Faria, assessor jurídico de Nikolas, admitiu que recebeu as informações de investigados e foi o responsável por protocolar a denúncia à Polícia Federal.

Ele afirmou, no entanto, que o deputado não tem relação com o grupo e que seu gabinete apenas encaminha possíveis indícios de irregularidades às autoridades.

Na época em que foi apresentada, a denúncia acusava Duda de desviar mais de R$ 5 milhões do fundo eleitoral por meio de contratos de campanha.

O caso foi noticiado por veículos como Rádio Itatiaia, Metrópoles e O Globo. A deputada negou irregularidades e afirmou que todas as contratações seguiram a legislação eleitoral e foram devidamente prestadas à Justiça.

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