Mãe anapolina vira catadora de recicláveis para pagar a faculdade da filha

Dona Simone não deseja que as filhas passem pelas mesmas dificuldades que ela passou. "Faço qualquer coisa para realizar o sonho delas"

Rafaella Soares Rafaella Soares -

O amor de mãe ultrapassa todo e qualquer obstáculo. E é em nome desse amor que Simone Domingues Fonseca Santos, de 46 anos, vai as ruas de Anápolis todos os dias recolher materiais recicláveis para pagar a faculdade de direito da filha Haiane Domingues dos Santos.

Em entrevista à TV Anhanguera, Simone disse que faz qualquer coisa para realizar o sonho das filhas.

“Quando estou pegando o que é resto das pessoas, que elas pensam que não tem valor, o valor é grande porque por meio disso estou realizando o sonho das minhas filhas, elas são a razão do meu viver, se continuarmos unidas, vamos vencer todas essas dificuldades”, desabafou.

A mãe decidiu trabalhar como catadora no ano passado quando a filha passou no vestibular e quis desistir por não ter condições de pagar as mensalidades.

“Ela passou no vestibular para o curso de direito e no mesmo instante se entristeceu. Disse: ‘Não adianta nem eu seguir porque não vou dar conta de pagar’. Falei: ‘Não. Vou fazer alguma coisa para te ajudar'”, explicou.

(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

Segundo informou Simone, ela não deseja que a filha passe pelas mesmas dificuldades que passou porque começou a cursar pedagogia e por falta de oportunidades precisou abandonar o curso.

Para economizar, a catadora alugou um galpão onde mora e guarda os materiais recolhidos, enquanto as duas filhas moram em uma quitinete de um cômodo.

(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

“É desconfortável, mas nesse momento o objetivo maior é pagar a faculdade dela, que é R$ 714, tem livros também”.

Simone afirmou que a rotina de trabalho não é fácil, mas que consegue continuar pela fé.

(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

“É só confiar que Jesus está ali, te guiando. Já senti ele, ele já um puxou o carrinho para mim, sei que a força não era minha, não daria conta”, concluiu.

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